Capítulo IV – III – Inteligência e Instinto – Questões 71 a 75ª

Capítulo I Deus                                          Q. 1 a 16

Capítulo II Elementos Gerais do Universo   Q. 17 a 36

Capítulo III Criação                                          Q. 37 a 59

Capítulo IV Princípio Vital                                   Q. 60 a 75a

I                 Seres Orgânicos e Inorgânicos   Q. 60 a 67a

II                 A Vida e a Morte                           Q. 68 s 70

III                 Inteligencia e Instinto                   Q. 71 a 75a

Ao adentrarmos a esse item, faz-se necessário recordar a definição corrente dos dois substantivos que constituem o tema.

- Inteligência: faculdade ou capacidade de aprender, apreender, compreender ou adaptar-se facilmente; intelecto; intelectualidade; destreza mental, agudeza, perspicácia.

- Instinto: fator inato de comportamento dos animais, variável segundo a espécie e caracterizado, em dadas condições, por atividades elementares e automáticas; impulso espontâneo e alheio à razão; intuição.

Dicionário Aurélio, p.395 e 393

             Definições recordadas, entramos a questão 71, quando o Professor Rivail pergunta:

             “(...) A inteligência é um atributo do princípio vital?

             Não; pois as plantas vivem e não pensam, não tendo mais do que a vida orgânica. A inteligência e a matéria são independentes pois um corpo pode viver sem inteligência, mas a inteligência não pode manifestar-se senão por meio dos órgãos materiais: somente a união com o Espírito dá inteligência à matéria animalizada”.

             A essa resposta, Allan Kardec acresce a seguinte nota:

             “(...) A inteligência é uma faculdade especial, própria de certas classes de seres orgânicos, aos quais dá, com o pensamento, a consciência de sua existência e de sua individualidade, assim como os meios de estabelecer relações com o mundo exterior e de prover às suas necessidades.”

             Podemos fazer a seguinte distinção:

             “- 1º) os seres inanimados, formados somente de matéria, sem vitalidade nem inteligência: são os corpos brutos;

             - 2º) os seres animados não-pensantes, formados de matéria e dotados de vitalidade, mas desprovidos de inteligência; 

             - 3º) os seres animados pensantes, formados de matéria, dotados de vitalidade e tendo ainda um princípio inteligente que lhes dá a faculdade de pensar.

             Nas questões 72 – 72a e 73, há o ensinamento de que a fonte da inteligência decorre, emana, provém da inteligência universal sendo uma faculdade própria de cada ser, constituindo sua individualidade moral.

             Poderíamos questionar: isso é meio nebuloso, não muito claro?

             “O Livro dos Espíritos” responde:

             “(...) há coisas que não é dado ao homem penetrar, e esta, por enquanto é uma delas”.

             Após essas reflexões entramos na dualidade do capítulo, quando na questão 73, é perguntado se o instinto é independente da inteligência.

             “(...) Precisamente, não, porque é uma espécie de inteligência. O instinto é uma inteligência não racional; é por ele que todos os seres provêm às suas necessidades.”

             Aprofundando, vamos nos deter nas definições contidas no Dicionário Aulette:

             Instinto – impulso ou estímulo interior, involuntário que leva homem ou animal executar certos atos e a empregar os mesmos meios sem conhecimento do fim e do porque desses mesmos atos.

             Inteligência – faculdade da alma para entender, compreender, conhecer, pensar; juízo; discernimento; conhecimento profundo.

             Para abrirmos esses raciocínios temos que retomar estudos passados recordando a questão:

“23: O que é o espírito?”

             - “O princípio inteligente do Universo”, cuja natureza íntima, nesse momento, não é fácil de ser analisada na nossa linguagem. Como o estudo requer detalhamentos, serão trabalhados no próximo mês.

Leda Marques Bighetti

Junho / 2013

 - “Revista Espírita” ano 1866 pag. 67-71 a 77; 

1861 – pag. 45 e 1868 pag. 166 – 1859 pag. 80; 

- “Evolução em Dois Mundos” cap 1; 

- “Mecanismos da Mediunidade” cap III, ambos de André Luiz - “O Livro dos Médiuns” itens 75-77 e 98. 

Também no livro Educação Mediúnica – Teoria e Prática - vol 1 - Ribeirão Preto: BELE, 2005 de Leda Marques Bighetti