Cnidário - Invertebrados

Relações familiares conflitantes ( urticantes )

E refletindo um pouco mais a respeito de nossas relações conflitantes no nosso núcleo familiar: Por que isso ocorre em todas elas? São raras as famílias harmoniosas, perfeitamente harmoniosas não existem. Vivemos num mundo de expiações e provas, portanto, estamos aqui para vencermos as provas e expiarmos as nossas imperfeições, mas, não nos esqueçamos que nosso futuro é ser feliz.

              

Segundo Joana de Ângelis, os filhos não são cópias xerox dos pais, que apenas produzem o corpo, graças aos mecanismos da biologia.

              

As heranças e as parecenças físicas são decorrência dos gametas, no entanto, o caráter a inteligência e o sentimento procedem do Espírito que se corporifica pela reencarnação sem maior dependência dos vínculos genéticos com os pais.

              

Atados por compromissos anteriores, retornam ao lar, não somente aqueles seres a quem se ama, senão aqueles a quem se deve e a quem estão com dividas. 

             

Adversários reaparecem como membros da família para receber amor, no entanto, na batalha das afinidades padecem campanhas de perseguição inconsciente, experimentando o pesado ônus da antipatia e da animosidade. 

              

A família é antes de tudo, um laboratório de experiências reparadoras, na qual a felicidade e a dor se alternam programando a paz futura. 

              

Irmãos que se amam, ou se detestam, pais que se digladiam, genitores que destacam uns filhos em detrimento aos outros, ou filhos que agridem ou amparam os pais, são Espíritos em processo de evolução, retomando o palco da vida física para a encenação da peça que fracassaram no passado.

              

No Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.XIV, encontramos as elucidações para as questões acima.

              

"Quando deixa a terra, o Espírito leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza e se aperfeiçoa no espaço, ou permanece estacionário, até que deseje receber a luz. Muitos, portanto, vão cheio de ódios violentos e insaciados desejos de vingança; e alguns dentre eles, porém mais adiantados do que outros conseguem enxergar uma partícula da verdade e constatando as funestas conseqüências de suas paixões, são induzidas a tomar resoluções boas. Compreendem que para evoluírem, um só é o caminho: caridade. Ora não há caridade sem esquecimento dos ultrajes e as injurias, não há caridade sem perdão, nem o coração tomado de ódio.

             

 Então, mediante grande esforço conseguem tais Espíritos observar a quem odiaram na terra. Ao vê-los porém, a animosidade se lhes desperta o íntimo, revoltam-se á ideia de perdoar, e ainda mais, a abdicarem de si mesmos, sobretudo a de se amarem os que destruíram, quiçá, os bens materiais, a honra, a família.

              

Por fim, após anos de meditações e preces, o Espírito se aproveita de um corpo em preparo na família daquele a quem detestou, e pede aos Espíritos incumbidos de transmitir as ordens superiores, permissão para reencarnar. Qual será o procedimento na família escolhida? Dependera da sua maior ou menor persistência nas boas resoluções que tomou. O incessante contacto com seres a quem odiou constitui prova terrível, sob o qual não raro sucumbe, se não tem ainda bastante forte a VONTADE. Assim, conforme prevaleça ou não a resolução boa, ele será amigo ou inimigo daqueles entre os quais foi chamado a viver. É como se explicam esses ódios, essas repulsões instintivas que se notam da parte de certas crianças (antipatias mútuas entre pais e filhos) e que parecem injustificáveis. Nada com efeito, naquela existência há podido provocar semelhante antipatia; para se lhe apreender a causa, necessário se torna volver os olhos às reencarnações passadas". 

              

Compreendamos que quando encarnamos é para progredirmos para sermos felizes. Acionemos a nossa VONTADE, vigiemos e oremos para que possamos perdoar. Deus não da prova superior às forças daquele que a pede. Só permite as que podem ser cumpridas. Falta em nós disposição; nos entregarmos ao comodismo ou sentimos pena de nós mesmos.

              

"É necessário criarmos o hábito da reflexão. Desenvolvermos, aliás o hábito da meditação e concentração nas coisas erradas e negativas. Se alguém nos diz um desaforo temos dificuldade de o tirar da cabeça. Ficamos dias e dias atormentados, fixando-o.

              

Quando se trata de coisas positivas, tem-se dificuldade de reter, reflexionar porque não se tem espaço mental, já todo ele esta reservado para coisas irrelevantes. Somos às vezes infelizes, porque cultivamos as horas negativas. As boas não, esquecemo-las. Devemos cultivar os momentos bons e felizes.

              

Quando alguém nos ofende, queixamo-nos a muitos, falamos muito sobre o assunto. No momento feliz, somos egoístas nada falamos. O que se dá? Fixamos o momento mal e não retemos o momento bom. É uma questão de memória. Como reverter a questão. Treinamento, façamos o contrário o que estamos acostumados.

              

Dilatemos o momento feliz e fruamos.

              

Meditemos diariamente num texto evangélico, em uma ação que iremos desenvolver com otimismo. Digamos: que maravilhoso dia de sol! Isto vai dar certo! Maravilhoso é olhar as coisas com otimismo. E a meditação nos prepara para uma vida saudável e otimista".

              

Entrevista com Divaldo Pereira Franco - SOS Família

              

A pouco tempo aprendi com uma amiga, estudiosa e muito sensível, acostumada a reflexões: Não olhe para baixo, quem olha para baixo o tempo todo são os animais, nós não somos mais animais e sim Espíritos inteligentes e capazes. Olhe na direção do horizonte, divise o sol surgindo e pense nas oportunidades nascendo a cada dia. Olhe para o céu e observe a beleza do firmamento e divise o futuro que é alcançarmos outras dimensões, onde seremos felizes.

2. O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - cap.XIV 

3. SOS Família - Divaldo Pereira Franco - por Joanna de Angelis e outros Espíritos 

4. Renovando Atitudes - Francisco do Espírito Santo Neto - pelo Espírito Hammed 

5. Evolução em Dois mundos - Francisco Candido Xavier e Waldo Vieira - pelo Espírito André Luiz 

6. Estudos Espíritas - Divaldo Pereira Franco - Espírito Joanna de Angelis