“Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: “amas-me?” e disse-lhe: Senhor, tu sabes que eu te amo.” Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas”

(JOÃO, 21:17)

Quando Jesus, na terceira aparição aos discípulos, depois do desencarne, pergunta a Pedro três vezes, se ele O amava, era para confirmar a grande responsabilidade que Pedro teria em relação à divulgação do Evangelho, que começaria então, pois, para tão elevada tarefa, seria necessário saber amar.

Jesus sabia que não seria tarefa fácil, contudo, Ele não pede que Pedro faça “maravilhas”, que faça “mágicas”, mas, que as apascente, que sejam nutridas de forma conveniente de acordo com suas necessidades, enfim, que sejam cuidadas para que nenhuma se perca.

“Certo, no entanto, o Excelso Condutor não sentia necessidade de advertir o companheiro quanto ao cuidado justo de não se adicionarem agentes tóxicos aos bebedouros e à forragem normal.”

A divulgação do Evangelho tem como objetivo, não a nutrição do corpo físico , também necessária, mas, principalmente, seja distribuído o pão da alma, para que bem nutrido nenhum Espírito se perca.

É necessário muito cuidado com os ensinamentos que se transmite aos outros, para não perturbar, não transmitir idéias errôneas levando as pessoas à interpretação errada daquilo que se pretende transmitir.

Não podemos esquecer que o conhecimento elevado é o pão espiritual que vai saciar a fome de aprendizado do Espírito, mas, se esse pão estiver deteriorado, pelos ensinamentos deturpados não poderá alimentar adequadamente o pensamento daqueles que o recebem.

Toda organização religiosa na Terra tem por finalidade maior, preparar as almas para a grandeza da vida espiritual.

O Espiritismo, também, é abençoado celeiro desse pão.

Em suas linhas de trabalho, há certeza e esperança, entendimento e alegria.

Esteja, porém, cada companheiro convencido de que o esforço pessoal no pão divino para a renovação, purificação e engrandecimento da alma há de ser culto dominante no aprendiz, ou prosseguiremos nas mesmas obscuridades mentais e emocionais do passado.

Se procuramos, pois, a própria felicidade, dediquemo-nos com afinco ao aproveitamento do pão divino, através da palavra dos benfeitores espirituais, e aprendamos a nos elevar, com a mente repleta de amor e luz, aos inesgotáveis celeiros do pão celestial.

Há pão do Céu, assim como há pão da Terra; há alimento para a alma, assim como há para o corpo; o alimento do corpo acaba, entretanto, como o corpo; o pão da alma permanece para a Vida Eterna.

Disse Jesus: “Eu garanto a vocês: quem acredita possui a vida eterna. Eu sou o pão da vida.” (JOÃO, 6:47)

2 - Vinha de Luz, F.C.Xavier/Emmanuel, lição 17