“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando.” 

(TIAGO, 4:17)                          

             

“Censuras com grande alarde os que se oneraram, nos delitos do furto; entretanto, se acumulas, inutilmente, os recursos necessários ao sustento do próximo, não podes alegar inocência.”

É comum acusarmos os que vivem na criminalidade; os governantes que se mostram egoístas, etc..

O que fazemos para a extinção da deliquência, da miséria de muitos?

Quando acumulamos, sem emprego útil, recursos que poderiam contribuir para diminuir o sofrimento do próximo, não podemos alegar inocência, como se não tivéssemos nada com isso.

Os espíritas possuem patrimônio de entendimento muito acima da compreensão normal de muitas pessoas.

Sabem que a vida continua além da morte; que se encontram na escola temporária da Terra, para a iluminação espiritual necessária. Efetivamente, sabemos tudo isso.

Diante de tantos conhecimentos e informações dos planos mais altos, a beneficiarem nossos círculos felizes de trabalho espiritual, é justo ouçamos do Divino Mestre: “que fazeis mais do que os outros?”

Em Lucas, XII: 47-48, encontramos a seguinte citação do Evangelho: “Porque àquele servo, que soube a vontade do seu Senhor, e não se percebeu, e não obrou à sua vontade, dar-se-lhe-ão muitos açoites. Mas aquele que não soube, e fez coisas dignas de castigo, levará poucos açoites. Porque a todo aquele, a quem muito foi dado, muito será pedido, e ao que muito confiaram, mais conta lhe tomarão.”

A Doutrina Espírita ensina que, quem conhece os ensinamentos de Jesus é com certeza culpado, se não colocá-los em prática.

Os Espíritos desenvolvem e comentam os ensinamentos do Evangelho, pondo-os ao alcance de todos, letrados ou não.

Nenhum dos que os recebem, pode alegar ignorância, ou pode desculpar-se com a sua falta de instrução.

Aquele pois, que não põe em prática os ensinamentos recebidos, para se melhorar, que o admira apenas como interessante, que não se faz menos orgulhoso, menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para seu próximo, é tanto mais culpado, porque teve maior facilidade para conhecer a verdade.

A culpabilidade está na razão do conhecimento que se possui.

Os que são censurados por nós, muitas vezes, ainda não sabem, não conhecem o que tivemos a oportunidade de aprender.

Antes de reclamar ou acusar, lembremos a advertência de Tiago, “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não faz, nisso está pecando.”