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O Céu e o Inferno  |  Capitulo III - O Céu   |  Item 6   |  01/02/2002
O
"6. - Os Espíritos são criados simples e ignorantes, mas dotados de aptidões para tudo conhecerem e para progredirem, em virtude do seu livre-arbítrio. Pelo progresso adquirem novos conhecimentos, novas faculdades, novas percepções e, conseguintemente, novos gozos desconhecidos dos Espíritos inferiores; eles vêem, ouvem, sentem e compreendem o que os Espíritos atrasados não podem ver, sentir, ouvir ou compreender." (O Céu e O Inferno, Cap. III - O CÉU. Grifos nossos)

Amigo querido, nas solicitações do cotidiano quanto nos custa silenciar para escutar a Voz da Orientação, não é mesmo? Mas, como diz o poema:

"Quem pode dizer para onde a estrada segue, 
Enquanto, o dia, no seu curso prossegue? 
Somente o Tempo..."¹

                Assim, nas questões do "aproveitamento" das horas, onde quer que estejamos, vez por outra seguimos com "exigências" para estarmos bem... Um lugar tranquilo, uma música suave (ou agitada!), amigos a nos compreender, condições financeiras para nos atender as aspirações. E assim, vamos construindo a nossa "realidade". Pessoal, única, intransferível por ser o resultado da nossa forma de ver e viver. Mas dentro desse "caleidoscópio" de possibilidades, quanta variedade não encontramos a cada amanhecer... Convites da vida a se renovarem como "marcas" deixadas pelo Senhor da Vida... Para lembrarmos de que há sempre algo importante, único mesmo, que pode ser feito a cada dia, compondo no fluxo das horas por nós "consumidas" o tesouro das nossas memórias... Isso nos lembra o poeta Rabindranath Tagore, quando no rasgo da sua sensibilidade assim se expressa sobre "Os Pássaros das Recordações"... Mas não procure ler de um golpe, caro amigo, pois a verdade só se mostra ao coração que se detém para percebê-la, não se permitindo ser "tomada de assalto"...


"As minhas lembranças alcançam a profundidade que a memória lhes faculta. São aves de arribação que, periodicamente fogem do inverno passado, buscando o calor agradável do verão atual, sobrevoando as paisagens em cinza, difíceis de serem reconstruídas." ²

Eis uma verdade para nós espíritas, não é mesmo? Lembranças a nos levar aqui e acolá, agradáveis umas, difíceis outras, periodicamente "sobrevoando" as paisagens da nossa consciência. Mas o poeta continua...

Nesse espaço de tempo, que é o dia de hoje, sempre fugaz, elas se tornam a marca da perenidade, cobrindo as distâncias colocadas pela viagem incessante das horas.
A sua presença sombreia-me ora com a tristeza dos erros cometidos, vezes outras com a luz das ações dignificantes, num calidoscópio mágico de retornos e fugas. ³

Ao lermos e relermos tais palavras, buscando a "lente" das noções da vida espiritual, quão reais não ficam tais pensamentos, não? Pode o leitor que pacientemente nos acompanhou até aqui sentir isso? Por que será que alguns , de imediato se identificam com tais colocações, enquanto outros, entendem-nas, mas não conseguem senti-las? Mistério? Gostos, preferências pessoais? Tempo, hábito? Muitas serão as respostas e, provavelmente quase todas corretas dentro da perspectiva com que foram formuladas... Mas há aqui um dado essencial, principalmente para aqueles que tratam com o "outro" no cotidiano das realizações... E, quem de nós, queira ou não, não acaba se relacionando com tudo e todos que nos cerca? Daí nos propormos nesse espaço concedermos um espaço a tais indagações... Que elas possam ser úteis na construção do "relacionar-se melhor" de cada um de nós. Comecemos, pois.

Na citação inicial do nosso livro de estudo, Kardec nos traz dados importantes para a nossa reflexão. Procuremos perceber o sentido dado às palavras aplicadas ao Espírito, em negrito:

simples e ignorantes,
• com aptidões para tudo conhecerem e progredirem,
• em virtude do seu livre-arbítrio.
                
Não se trata de um jogo de palavras colocadas para ocupar o espaço do texto, mas , juntas, mostram um processo pedagógico em curso em cada um de nós. Assim, definem uma meta, uma direção, um objetivo a alcançar e, mais ainda, um resultado com o qual podemos avaliar o que acontece. Eis porque vale o esforço de compreendermos o sentido delas no capítulo sobre o céu. Aliás, permita-nos o leitor adiantar uma pergunta: qual será o céu dos Espíritos? Já pensou nisso? Vamos a alguns esclarecimentos, então.

Simples, isto é, sem experiências, que vêem das realizações, do fazer, o resultado, por assim dizer, da ação do Espírito. E o que a experiência representa para o Espírito? O que a sua experiência representa para você, leitor? Pense nisso. Talvez vejamos juntos que a experiência é o nome que damos àquilo que já sabemos que funciona... E que não funciona também... Sem muita explicação: simplesmente é. Não confundir, então, a experiência com a movimentação para consolidá-la. Experiência é, então, o resultado do movimento que fazemos ao viver... Mas, há algo mais aqui. Como fica essa "experiência" armazenada em nós? Como, de fato, podemos usá-la? A palavra é simples, embora necessite de explicação: memória, a marca da perenidade cobrindo as distâncias colocadas pelas horas vividas por nós. Memória é reserva energética para o Espírito, a lhe impulsionar, como uma massa crítica para que algo possa ocorrer, nem muito nem pouco, na medida certa. É , então, mais do que habilidade que se consolida em nós. É a possibilidade de transformar os estímulos que nos chegam para o objetivo que aspiramos alcançar... O Espírito acaba tornando-se líder de si mesmo nesse contexto, torna-se capaz, sim, de criar satisfação par si mesmo... Mas para isso é preciso... experimentar, aventurar-se, sair do círculo da acomodação e das desculpas. André Luiz, no livro Mecanismos da Mediunidade, nos coloca que passa o Espírito por estágios de ausência de magnetismo residual, isto é, pessoas por largo tempo entregues a profunda e reiterada ociosidade espiritual, portanto, sem reserva vibratória para realizações de crescimento mais intensas: é quando ele necessita urgentemente do outro, mais adiantado e que se interesse por ele... para ajudá-lo a interessar-se por si mesmo (interesse quer dizer 'estar entre, no meio; participar'). E com isso, encontramos o segundo ponto colocado por Kardec: a ignorância do que o Espírito representa no contexto da Criação é um entrave hoje e sempre a toda realização espiritual, independentemente de denominações religiosas... E quantas religiões não tratam mais do corpo do que do espírito, não? (e, ás vezes, muito mal até do próprio corpo...).

Ignorantes, quer dizer sem conhecimento transformativo. E o que é isso? Algum gênero novo sendo vendido nas "prateleiras" do mercado milionário da auto-ajuda moderna? Não, simplesmente não se trata disso, talvez para decepção daqueles que buscam afoitos por "receitas" de transformação (principalmente acompanhadas de pouco esforço e ocupação). O conhecimento aqui se refere ao filtro, à "peneira" por nós usada para avaliarmos aquilo que, de fato, fazemos, e não apenas o que gostaríamos de ter feito. Então, conhecimento transformativo é aquele do qual dispomos no momento da ação, não apenas antes, ou depois. Mas durante a realização. Eis porque hoje se busca, num esforço mundial, consolidar o processo filosófico junto às crianças e aos jovens no que ficou conhecido como o ensino de Filosofia para Crianças. Não se trata de ensinar sobre a história da Filosofia, mas lhes permitir o próprio processo de filosofar, isto é, refletir com interesse sobre o que nos cerca...o que demanda, sem dúvida, capacidade de percebe, observar, raciocinar e concluir para ser capaz de tomar atitudes coerentes junto aos valores éticos úteis ao ser humano.Mais ainda, respeito pelo que o outro tem a dizer, aceitando-lhe as opções, sem que isso queira dizer fazer o mesmo ou concordar.Não foi por acaso que Kardec foi aluno de Pestalozzi, aprendendo naquele ambiente de Yverdun a prática do observar, atentar para as coisas e pessoas ao nosso redor. Talvez em palavras mais simples, aprender a valorizar o tempo no espaço de nossas construções. Aprender a pensar com qualidade.

Assim, para que tudo isso se torne realizável é necessária a convivência num ambiente em que o pensar com critérios seja valorizado (e não apenas comentado), isto é, não apenas dizer: vá estudar, mas também fazer, e junto, quando possível. Um ambiente como a sua casa, leitor amigo, o seu trabalho, a escola, etc. Sempre ao seu alcance da maneira mais simples. Afinal, talvez você não tenha se dado conta ainda de que dispõe de tesouros de incalculável valor: respostas. Isto mesmo, você. Espírita, tem ao seu alcance respostas às questões mais fundamentais para a vida do Espírito aqui na terra. Respostas que muitos buscam com sofreguidão, depois que o cansaço das ilusões começa a varrer o pó deixado por elas anteriormente.Assim, podemos , então, mais uma vez perguntar: qual o uso que tem feito desses tesouros? Estariam encostados nas prateleiras da demonstração? Ou já teria o leitor se animado a compartilhá-lo nos "diálogos de verdade" que já é capaz de estabelecer? Nesse sentido, o conhecimento é prático, é entendimento das próprias e reais necessidades como Espíritos que somos e, passa a ter o importantíssimo papel de multiplicar as escolhas que percebemos, dar-nos novas opções ante às decisões que tomaremos. Entendimento que confere liberdade para escolher. E o que seria essa liberdade? É fazer o que vier à cabeça? Muitos, talvez, ainda gostariam que assim fosse... Mas quem age dessa forma, sem consciência de sua motivação, seria muito diferente de um autômato, uma máquina? Escravizado aos impulsos que lhe constituíram uma segunda natureza? Veja,leitor, a título de exemplo, o caso do ciúme. Aprisionar o amor nas dimensões dos nossos braços...? O amigo chamaria isso de liberdade? Achamos que não. Jesus, então, tem essa incrível capacidade... a de nos ajudar a conquistar a liberdade para amar a si mesmo

Quantas vezes não agimos desta ou daquela maneira simplesmente porque acreditamos ter que ser assim. Não era isto que fazia Jesus com aqueles que o buscavam, sempre com motivos particulares, mas recebendo dele a verdade da sua realidade espiritual, além do atendimento das necessidades mais imediatas (o pão e o peixe, o alívio ou a cura, etc.). Assim, conhecer como forma de:

1. Dinamizar o processo de criação mental (onde, então, sempre surge a questão "quais os recursos de que disponho no momento para a pessoa que sou hoje, agora?)
2. Expandir o espaço de possibilidades ao nosso alcance, aos nossos próprios "olhos" ("olhos de ver")
3. Consolidar um projeto de ação, testando a nossa capacidade de criar no espaço das nossas escolhas), de onde vamos descobrindo e expandindo o tamanho da nossa percepção espiritual (que nada mais é do que expandir a sensibilidade que já conquistamos)
                
Percebemos, então, que pensar também é estar constantemente fazendo faxina naquilo que nos acostumamos a acreditar como verdades. Por que? Porque muitas são válidas, mas muitas outras simplesmente não são... e pode ser que demore algum tempo até alguém aparecer e nos dizer isso...

É um fato isso: nos acostumamos a pensar de uma certa maneira, e vamos vivendo enquanto que a vida parece se encaixar naquilo que representamos como nossas ideias. Vamos vivendo mergulhados nessas ideias... e muitas não são nem criações nossas... Até o dia que isso parece, "que azar!", não funcionar mais. Então ficamos amedrontados, raivosos, insatisfeitos... "De quem é a culpa? como posso fazer para reverter isso? Ah! Que saudades daquele tempo em que eu..." E vai por aí a fora. Quem são esses Espíritos? Talvez aqueles que sempre TÊM QUE alguma coisa. Por exemplo, você já ouviu algo assim:

- Tenho que melhorar, (é possível não estar melhorando no Universo? Há ritmos para tudo, alguns rápidos, outros mais lentos, mas o que não está mudando incessantemente?).

- tenho que me amar, (mas, para isso, será que preciso ser diferente do que se é?. Então, como mudar sem se aceitar?)

- tenho que cumprir meu "carma", senão TENHO QUE voltar e fazer de novo... (mas há algum sentido

O que há nisso tudo? Ora, o nosso crescimento vem de lidar com as coisas e não de achar que tem que. Esse último traz a triste ideia de que há algo fora de nós, a nos obrigar a ser o que não conseguimos se quer perceber... Seria isso confortador, animador? Faz-nos sentir melhor? Parece-nos que não. E onde está então o nó cego? ora, se aquilo que pensamos não nos deixa nos sentir melhor, é porque o que pensamos pode estar errado, por maior que seja a nossa boa-vontade para com as coisas na vida... Há uma ideia interessante para nos fazer pensar um pouco mais: as condições e os recursos de auxílio da nossa vida, permitidas por Deus para o nosso crescimento, são para a pessoa que somos, não para aquela que TEMOS QUE ser...

Por isso, alertamos para essa dinâmica: conhecimento e experiência, desenvolvimento de novas faculdades, ampliação da percepção e, CONSEQUENTEMENTE, novos gozos desconhecidos dos espíritos inferiores (ou que se situam aquém do momento evolutivo e que nos encontramos então). Eis, novamente , uma ideia revolucionária dentro da perspectiva da psicologia do Espírito: do que depende o "estar feliz"? Mas, deixemos isso para o próximo mês - muita informação pode provocar congestão, não é mesmo? É preciso digerir para assimilar.

Finalizando, é dentro disso, então, que perceberemos que há muitos modos de ver, sentir, ouvir ou compreender, sempre a depender da abertura da janela da nossa consciência. E, por essa janela, observamos também os pássaros livres de nossa emotividade, ganhando os espaços por nós conquistados, recordando-nos da sensibilidade agora mais aguçada pelo amor que expande livre para preencher todos os espaços que antes, na nossa ansiosa busca pelo crescer, acabaram ficando vazios da nossa presença junto a Deus, o nosso Eterno PAI... nas palavras de Tagore...

"Pássaros livres, eles voam ganhando espaço na direção do Infinito, e se vestem de luz."

Vanderlei Luiz Daneluz Miranda 
Fevereiro / 2002
 
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