Em todos os ensinos de Jesus, não existe a condenação da riqueza, nem do rico por possuí-la. Existe a exortação de que ela seja usada como instrumento de progresso por quem a possua.

Se assim não fora, Deus estaria dando a seus filhos, um instrumento de perdição, o que é inimaginável.

O que Jesus proclama é ser a riqueza uma das provas mais difíceis pelas facilidades que ela propicia ao desenvolvimento do orgulho, do egoísmo, da vaidade, do poder, dificultando o desenvolvimento das qualidades nobres do ser espiritual.

Por isso, Kardec afirma que “A riqueza é, sem dúvida, uma prova mais arriscada, mais perigosa que a miséria, em virtude das excitações e das tentações que oferece, pela fascinação que exerce. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. É o laço que mais poderosamente liga o homem a terra e desvia os seus pensamentos do céu”.

“Mas, por tornar o caminho mais difícil, não se segue que o torne inviável, e não possa ser um meio de salvação nas mãos do que a sabe utilizar, como certos venenos que restabelecem a saúde, quando empregados a propósito e com discernimento.”

A riqueza, por si só, não é má. Os males que produz são devidos ao homem, que se deixa dominar pelos prazeres e facilidades que ela pode proporcionar.

Se Jesus houvesse condenado a riqueza, estaria também condenando o trabalho, que pode proporcioná-la, o que levaria a humanidade a um retrocesso, impedindo o progresso, que é também uma lei divina.

Allan Kardec ressalta a importância do trabalho na melhoria material da Terra, que proporcionou condições de moradia aos homens, desenvolveu os meios de produção, provocou o inter-relacionamento entre os povos, com o desenvolvimento dos meios de comunicação entre os mesmos, desenvolveu a ciência, produziu a riqueza, desenvolvendo, em tudo isso, a inteligência, concentrada, a princípio, mais na satisfação de suas necessidades materiais, mas que é necessária também para a satisfação de suas necessidades espirituais, através das verdades morais, que muitos e muitos já perceberam.

A riqueza é, portanto, um fator do progresso, sem a qual não haveria grandes trabalhos, nem atividades, nem estímulos, nem pesquisas.

“Se ela não é uma causa imediata do progresso moral, é, sem contestação, um poderoso elemento do progresso intelectual.”

Assim, os que a vêem como instrumento de progresso material da Terra, em a usando como tal, mas com desprendimento, com critério, bom senso, como algo necessário ao bem-estar de muitos, podem também, usa-la no seu desenvolvimento das qualidades morais, tornando-se mais generoso, mais solidário, mais fraterno proporcionando aos demais, meios de trabalho, de estudos, desenvolvendo o amor ao próximo.

 O CENTRO ESPÍRITA BATUIRA esclarece que permanece divulgando os estudos elaborados pela Sra Leda de Almeida Rezende Ebner após o seu desencarne, com a devida AUTORIZAÇÃO da família e por ter recebido a DOAÇÃO DE DIREITOS AUTORIAIS, conforme registros em livros de Atas das reuniões de diretoria deste centro.