Assim inicia Adolfo, bispo de Alger, sua mensagem.

Beneficência é a virtude da prática do bem, de fazer benefícios a quem necessita. No seu exercício diário, no lar, expandindo-se para fora, aos vizinhos, aos colegas de trabalho, aos estranhos, vai o homem desenvolvendo o amor ao próximo, vendo o outro como um irmão.

Não é viver em função dos demais, mas estar-se sempre abertos para perceber as necessidades dos outros, prontos a auxiliá-los, até, muitas vezes, em suportar suas incompreensões com paciência e resignação.

O autor fala das alegrias de levar às famílias necessitadas, os alimentos, as roupas, que estimulam também a confiança em Deus e no homem, aos que já a haviam perdido.

Considera a beneficência uma obrigação dos homens em relação aos que passam por essas necessidades, lembrando as palavras de Jesus: “Quando vestirdes a um desses pequeninos pensai que é a mim que o fazeis.”

Com o conhecimento que se possui hoje, dos direitos básicos de quem nasce na Terra, no mínimo, não deveriam faltar moradia, alimentos e roupas e escolas para ninguém.

Todavia, considerando-se a distância entre o reconhecimento teórico e a sua prática, devido à ainda grande imperfeição do homem em geral, é necessário que o que tem mais busque auxiliar o que tem menos.

É o mínimo que se pode fazer, não permitindo que alguém passe fome, que não tenha o que vestir ou onde morar.

Por isso, conclama aos de boa vontade a saírem à procura das misérias ocultas, que podem não estar muito distantes de quem pode ajudar.

Afirma que, quando na Terra, foi essa virtude que lhe proporcionou os únicos momentos de felicidade que teve o que nos leva a pensar no quanto temos de possibilidades materiais e espirituais de auxiliar o outro, e nos privamos dessa felicidade.

Considera a caridade, a virtude que deve conduzir os povos a esse bem-estar, semeando infinitas alegrias para o futuro.

Afirma ainda: “É na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida.”

Eis aí uma frase simples, expressando uma idéia muito incomum, até ao entendimento do intelecto atual, pelo egoísmo, pelo orgulho, que ainda imperam nas mentes e nos corações dos homens.

Reflitamos sobre essa receita de paz, de contentamento e de remédio para as aflições da vida.

Quando a maioria da humanidade, ou uma grande parte dela se esforçar para beneficiar aos que lhe estejam ao seu redor, para que suas necessidades básicas sejam satisfeitas, o mundo todo melhorará, afastando a revolta, o desespero, as imensas diferenças sociais, financeiras e morais.

Então, todos gozarão da paz, da alegria, e as aflições inevitáveis, por culpa do passado, serão compartilhadas por todos, na solidariedade e fraternidade, sendo então perfeitamente suportáveis e aproveitáveis.

Se ainda hoje, quando se é atingido pelas vicissitudes da vida, as mesmas se abrandam com o olhar para os que as têm em piores situações, oferecendo oportunidades de reflexões saudáveis sobre a dor, o destino, a vida, e oportunidades de auxiliar os que mais padecem, muito mais, facilmente elas serão suportáveis, pelo esforço então existente, de todos buscarem fazer os outros felizes.

Pensemos no que poucos possuem do muito que temos em trabalho, estudo, família, amigos, conforto... “Quanto bem a fazer!”

Leda de Almeida Rezende Ebner

Agosto / 2011

 O CENTRO ESPÍRITA BATUIRA esclarece que permanece divulgando os estudos elaborados pela Sra Leda de Almeida Rezende Ebner após o seu desencarne, com a devida AUTORIZAÇÃO da família e por ter recebido a DOAÇÃO DE DIREITOS AUTORIAIS, conforme registros em livros de Atas das reuniões de diretoria deste centro.