Um Espírito Protetor escreve sobre o duelo, em 1861, como sendo uma das instituições bárbaras que ainda regem a sociedade, sendo uma continuação do que outrora, na Idade Média, se chamava Juízo de Deus.

 Essa lei determinava uma luta entre os contendores, na fé de que Deus não deixaria um inocente perecer, dando, pois ao vencedor, o veredicto de inocente. Havia, então, uma fé ingênua na justiça divina.

O autor, considerando o tempo e a evolução intelectual e moral do homem, argumenta que a continuidade do duelo, não mais como Juízo de Deus, é mais cruel, visto que se entrega somente à força bruta, onde vence o mais forte, fisicamente, ou o mais hábil.

Considera o duelo um assassinato a sangue frio, com toda a premeditação desejada por aquele que se reconhece mais capacitado para ganhar. Para o adversário mais fraco, pela sua fraqueza e pela sua inabilidade, sabendo que vai sucumbir, “é um suicídio, cometido com a mais fria reflexão”.

“Oh! Estúpido amor-próprio, tola vaidade e louco orgulho, quando sereis substituido pela caridade cristã, pelo amor ao próximo e pela humildade, de que Jesus deu o exemplo e o ensino? Somente então desaparecerão esses preconceitos monstruosos que ainda dominam os homens, e que as leis são impotentes para reprimir. Porque não é suficiente proibir o mal e prescrever o bem; necessário que o princípio do bem e o horror ao mal estejam no coração do homem”.

 Nessas frases está o ideal, a meta a ser atingida pela humanidade terrena.

Muitos homens já estão vivendo nesse esforço, como atestam um número altíssimo de instituições, religiosas ou não, realizando tarefas nobres de auxílio e despertamento ao bem geral, bem como muitos vivendo com dignidade, no trabalho, sendo úteis a si, à família e à comunidade onde estão inseridos.

Muitos já a conquistaram e vivem nos planos espirituais mais altos, auxiliando o progresso dos demais encarnados e desencarnados, fazendo parte da equipe do Mestre Jesus, que se amplia sempre, de acordo com o número dos que vencem os valores materiais e se transcendem.

Os demais, que vacilamos entre os valores materiais e os espirituais, também conseguiremos atingir essa meta.

Para isso, estamos vivendo uma época muito propícia, onde, graças ao desenvolvimento tecnológico na comunicação, um emaranhado mundo de informações chega aos lares, diariamente, obrigando-nos a pensar, a refletir, a analisar, para compreendendo, decidir entre o certo e o errado e escolher o melhor.

O mundo de hoje propicia ao homem, no maior conhecimento dos horrores do mal, a sua repulsa a ele, levando-o a combatê-lo em si e ao redor de si e levando-o também ao reconhecimento da necessidade do desenvolvimento do Bem em si e ao redor de si.

Aqueles que souberem escolher as opções que elevam e não rebaixem o homem ao nível dos animais, que direcionem os sentimentos, os pensamentos e as ações para o bem coletivo acima dos interesses egoístas e pessoais, por certo, conseguirão uma transformação mais rápida, vencendo as vicissitudes da vida, tornado-se melhores pessoas.

Os que souberem aproveitar a realidade de hoje para melhor conhecer-se e aos demais, muito poderão fazer na educação moral das crianças e dos jovens, juntamente com a instrução, e na sua auto-educação de adultos, no respeito aos deveres e direitos de cada um, na solidariedade entre todos, no uso dos raciocínios no sentir, pensar e agir para o bem de todos.

Assim, a humanidade terrena se libertará do mal, seguindo os ensinos de Jesus e descobrindo a felicidade de viver-se em um mundo de paz, onde não haverá lugar para os enfrentamentos violentos, nas divergências de métodos, de idéias, de ofensas.

 O CENTRO ESPÍRITA BATUIRA esclarece que permanece divulgando os estudos elaborados pela Sra Leda de Almeida Rezende Ebner após o seu desencarne, com a devida AUTORIZAÇÃO da família e por ter recebido a DOAÇÃO DE DIREITOS AUTORIAIS, conforme registros em livros de Atas das reuniões de diretoria deste centro.