44 - De onde vieram os seres vivos para a Terra? (Continuação do estudo da questão 44)

Ainda sob a orientação de Jesus, numerosos operários espirituais, previam requisitos, finalidades, detalhes e edificavam o mundo das células iniciando já nesse tempo primitivo, a construção das formas organizadas e inteligentes dos séculos que viriam.

            

 Desde os primeiros momentos houve a preocupação com a beleza, no que se refere às edificações celulares das origens.

“(...) É por isso que, em todos os tempos, a beleza, junto à ordem, constituiu um dos traços indeléveis da criação”.¹

As formas de todos os reinos da natureza terrestre foram estudadas e previstas. Os fluidos da vida foram preparados para se adaptarem às condições físicas do planeta, tudo obedecendo a um plano preestabelecido, considerada as leis do princípio e do desenvolvimento geral.

             

A matéria gelatinosa, amorfa e viscosa que envolvera o planeta em todos os seus contornos, constituía-se como celeiro da vida.

             

O protoplasma foi o embrião de todas as organizações do globo terrestre. Sem forma definida, essa matéria cobria a crosta solidificada do planeta e, em breve, a condensação da massa dava origem ao surgimento do núcleo, iniciando-se aí as primeiras manifestações dos seres vivos.

             

Os primeiros habitantes da Terra, nesse plano material são as células albuminoides, as amebas e todas as organizações unicelulares que isoladas e livres se multiplicam prodigiosamente na temperatura quente dos oceanos.

             

Tempos e tempos são decorridos face a todas as transformações; aparecem esses seres primeiro a se moverem al longo da água, onde encontraram oxigênio necessário à manutenção da vida. Terra firme ainda não o possuía em proporções capazes para manter espécies animais antes das grandes vegetações.

             

Decorrido muito tempo, as amebas primitivas se associam à vida celular em comum formando as colônias dos infusórios, de poliporos.

             

Os reinos vegetal e animal parecem confundidos nas profundezas dos oceanos. Nesses infusórios não existem formas definidas nem expressão individual, mas já formam-se aí ensaios para a vida com rudimentos dos caracteres dos organismos superiores.

             “(...) Milhares de anos foram precisos aos operários de Jesus, nos serviços da elaboração paciente das formas”.¹

 A princípio coordenam os elementos da nutrição e da conservação da existência.

Coração, brônquios são conquistados; formam-se os ensaios celulares do sistema nervoso e dos orgãos da procriação, que se aperfeiçoam e definem os seres.

             

A Terra ainda está saturada de umidade e vapores. A parte sólida constitui-se de lodo e pântanos inimagináveis.

             

Há ainda derradeiras convulsões no interior do mundo que estabelecem os contornos geográficos do globo, delineando continentes e fixando a posição dos oceanos. Com isso, surgem as grandes extensões de terra firme, prontas agora para receber as sementes da vida.

             

Os primeiros crustáceos terrestres são, por assim dizer, um prolongamento dos crustáceos marinhos. Aparecem após os batráquios que foram as águas pelas regiões lodosas e firmes.

             

Agora já há vegetação luxuriante, florestas ricas, imensas e minas de carvão, resquícios da matéria petrificada.

             

Dentro dessas condições, inicia-se um novo período evolutivo no campo da forma. Após os répteis surgem os animais horrendos das eras primitivas. Os trabalhadores de Jesus estudam todas as combinações das substâncias eliminando arestas, aplainando dificuldades e realizando novas conquistas. Dentro das leis físicas do globo, a máquina celular é aperfeiçoada definido-se os tipos em todos os reinos da Natureza.

             “(...) A prova da intervenção das forças espirituais, nesse vasto campo de operações, é que, enquanto o escorpião, gêmeo dos crustáceos marinhos, conserva até hoje, de modo geral, a forma primitiva, os animais monstruosos das épocas remotas, que lhe foram posteriores, desapareceram para sempre da fauna terrestre, guardando os museus do mundo as interessantes reminiscências de suas formas atormentadas”.²