O LIVRO DOS MÉDIUNS

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)

por

ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

SEGUNDA PARTE

DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS

CAPÍTULO XXX – REGULAMENTO

Ao analisarmos o Regulamento elaborado por Allan Kardec, vemos a divisão em quatro capítulos intitulados:

- CAPÍTULO 1º - Fins e constituição da sociedade

- CAPÍTULO 2º - Da Administração

- CAPÍTULO 3º - Das Sessões

- CAPÍTULO 4º - Disposições diversas

O Capítulo 1º é constituído por sete artigos que tratam da formação da sociedade espírita, definindo seu objetivo principal para o estudo de todos os fenômenos relativos às manifestações espíritas e sua aplicação às ciências morais, físicas, históricas e psicológicas.

Ressaltou o Codificador que as questões de política, de controvérsia religiosa e de economia social “lhe são interditas”, ou seja, não serão discutidos no ambiente da sociedade, preservando desta forma, o objetivo principal para o qual ela foi criada. Estes cuidados são explicados pelo momento político vivido pela França, como esclarece a estudiosa espírita Leda Marques Bigheti, em artigo disponível aqui no site.

Explica a Sra. Leda que o local passou a ser bastante frequentado, e que, como Allan Kardec esclarece, isso se dava ao fato de que a médium, a Srta. E. Dufaux:

“(...) a princípio era boa médium; psicografava e escrevia com grande facilidade; pouco a pouco se tornou médium falante, e, à medida que essa nova faculdade se desenvolvia, a primeira se atenuava. Hoje a Srta. Dufaux, escreve pouco e com dificuldade, mas, o que é original é que, falando, sente necessidade de estar com um lápis à mão e de fingir que escreve”.

Esses fatos tornaram-se interessantes para aqueles que, curiosos pelo “sobrenatural”, ou por evidências da vida após a morte, levavam à residência de Allan Kardec, muitas pessoas, a ponto de o espaço ficar acanhado, o que gerou a necessidade de se buscar um maior.

Naquela ocasião, não se permitiam reuniões privadas como as organizadas por Allan Kardec, devido à situação política vigente no país, então ele e vários amigos fizeram petições buscando a autorização para funcionamento legal de um espaço para realizar as reuniões, já assegurando o caráter apolítico da Sociedade.

Assim, em 1º de abril de 1858, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, recebe autorização legal de funcionamento e passa a ocupar o endereço alugado no Palais Royal. Allan Kardec assume a presidência do grupo e designa São Luís por presidente espiritual da Sociedade.

A sociedade criada e que recebeu o nome “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”, pode ser considerado o primeiro centro espírita do mundo.

Mais detalhes disponíveis em:   https://cebatuira.org.br/efemerides_detalhes.asp?blogid=144 - Acesso em 5/1/2025

Para conhecer o regulamento na íntegra, acesse:

https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/WEB-Livro-dos-Mediuns-Guillon-1.pdf - acesso em 4/12/2024

Bibliografia:

1 - KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns - 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap. XXX – estudo 1

Tereza Cristina D’Alessandro – Janeiro/2025