O Livro dos Espíritos

Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade (Segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec).

LIVRO SEGUNDO

“MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS”

CAPÍTULO IV – PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS

Questões de 166 a 221a.

I – Da Reencarnação – 166 a 170.

II – Justiça da Reencarnação – 171.

III – Encarnação nos Diferentes Mundos – 172 a 188.

IV – Transmigração Progressiva – 189 a 196a.

V – Sorte das Crianças após a Morte – 197 a 199a.

VI – Sexo nos Espíritos – 200 a 202.

VII – Parentesco, Filiação – 203 a 206.

VIII – Semelhanças Físicas e Morais 207 a 217.

IX – Ideias Inatas – 218 a 221 a.

IV – TRANSMIGRAÇÃO PROGRESSIVA

197 a 199a

                  V - Sorte das Crianças após a Morte                

A grande maioria das crianças que desencarnam são almas sem conhecimento de como se desvincular dos rígidos princípios do mundo das formas. Vai se desenvolver como se fosse criança; quando despertam, retomam sua caminhada.

Muitos Espíritos aceitam reencarnar por pouco tempo como missão, por exemplo, para unir os pais, despertá-los para os aspectos maiores da existência. Conta-se que Antônio da Silva Batuira despertou para esses aspectos após o desencarne de seu filho aos onze anos. Há o caso de Espíritos que temerosos de reencarnar, adiam o retorno. Amigos se dispõem a reencarnar junto. Reencarnam como gêmeos; a reencarnação se firma, o temeroso fica bem e o que veio de apoio volta. Poderá também representar complemento a uma existência interrompida antes do tempo próprio.  Haverá, portanto, situações e situações não permitindo que se determine que a necessidade é esta ou aquela.

     Como entender os pais?

     Inicialmente, entender que a posição desses pais, sejam quais forem suas posições, é de fundamental importância, uma vez que “essas crianças ou bebês”, voltando ou se detendo em tratamentos médicos, precisam da atitude firme, corajosa, alegre dos pais, pois estão, em tese, se recompondo frente a algo que lhes é sobremodo necessário. Têm certeza de que aqueles que os receberão vão ajudá-los para que não mergulhem em tristezas e desesperos. Como nunca precisam dos pais e familiares que, entendendo, os encoraje com as energias da ternura que os fortalecem para que não desistam.

     Quanto aos pais, de modo geral, pode-se entendê-los sob três situações, sem que não se tenha certeza em que enquadramento se situam:  - poderão estar em teste quanto ao preparo espiritual, entendimento, aceitação, confiança, desprendimento; - desgaste, sob pesada aflição de comprometimentos passados; - ou missionários, isto é, aqueles que não tendo compromissos, se oferecem para o desempenho de tarefas frente a necessitados  que muitas vezes  não encontram quem se disponha a recebê-los como filhos.

Leda Marques Bighetti – Janeiro/2024