239 - 0 EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – ALLAN KARDEC

CAPÍTULO XXVIII:  COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS

ITEM II - PRECES PESSOAIS

SUB-ITENS: 34 a 37: DIANTE DE UM PERIGO E AO ESCAPAR DE UM PERIGO.

Perigo é, segundo os dicionários: “situação em que se encontra, sob ameaça, a existência ou integridade de uma pessoa, um animal, um objeto, etc.”

Situações de risco fazem parte do viver em um mundo de expiações e de provas, as quais podem provocar desequilíbrios emocionais, impedindo, muitas vezes, o uso do raciocínio na melhor maneira de enfrentá-las. Todos os homens estão sujeitos a elas.

  São circunstâncias que servem para desenvolver a inteligência, a criatividade, reeducar as emoções, não se deixando levar por elas, mas usando-as em seu favor, compreendendo que, acima de tudo, está Deus, que sabe do que precisamos e nos coloca em um mundo, também em evolução, e que, para progredir, necessita do progresso da sua humanidade.

Quando a fé em Deus está na mente e no coração do homem, este sabe que tudo está nas leis divinas, e nada existe ou acontece que não seja por uma razão útil às necessidades dos homens, que se fizeram orgulhosos e egoístas, rebeldes às leis do Bem, se não, estariam em mundos mais evoluídos.

“Se examinarmos a natureza e as consequências do perigo, veremos que, frequentemente, essas consequências, caso se verificassem, teriam sido a punição de uma falta ou de um dever não cumprido”.

Assim, diante de um perigo imediato deve o homem confiar nas leis do Pai, e entregar-se na oração a Ele, demonstrando sua fragilidade, e a confiança no Seu amor e sabedoria, usando também, seus recursos intelectuais e morais na busca da solução apropriada.

Lembrar sempre que, no grau de imperfeição moral da maioria dos homens na Terra, todas as experiências agradáveis, desagradáveis ou perigosas, geralmente, são situações de expiações ou de provas, que devem ser vistas como oportunidades do exercício do bem viver para o crescimento espiritual de cada um,

“Deus, Todo Poderoso, e vós, meu Anjo Guardião, socorrei-me. Se devo sucumbir, que se faça a vontade de Deus! Se for salvo, que possa reparar o mal praticado e do qual me arrependo!”

Simples, curta, apropriada para um momento geralmente desequilibrante.

Mas, lembrar que as preces valem pelo sentimento com que sejam proferidas e não pelas palavras ou tamanho.

A mesma confiança nas leis divinas deve ser sentida após escapar de um perigo, não se orgulhando da maneira como se libertou, mas, considerando que também foi auxiliado por Espíritos generosos na inspiração de como agir.

Sentir-se feliz porque na manutenção da calma e da serenidade, colocou-se em condições de perceber as inspirações do mais Alto.

A prece escrita demonstra a gratidão pelo amparo espiritual, a aceitação das leis divinas, a percepção das lições a serem aprendidas na situação vivida, e a humildade de pedir o amparo dos Bons Espíritos, na sua luta de melhorar-se a cada dia.

Aceitar as experiências terrenas, buscando vivê-las no aproveitamento das lições que elas trazem, buscando, em si mesmo, as causas que lhe dão origem, vivenciando-as sem criar sofrimentos para si ou para outros, confiando sempre no amor e na sabedoria de Deus.

Leda de Almeida Rezende Ebner – Abril / 2021

O CENTRO ESPÍRITA BATUIRA esclarece que permanece divulgando os estudos elaborados pela Sra Leda de Almeida Rezende Ebner, após o seu desencarne, com a devida AUTORIZAÇÃO da família e por ter recebido a DOAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS, conforme registros em livros de Atas das reuniões de diretoria deste Centro.