“Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua contra o mal...” - I Pedro, 3:10

Sabiamente Pedro aconselha-nos a refrear a língua contra o mal para que não venhamos a nos aborrecer com as conseqüências advindas de um falso juízo a respeito de pessoas ou de situações.

Quantas vezes precipitadamente emitimos uma opinião?

Quantas vezes ficamos tristes e decepcionados com os juízos de valor emitidos por falta de melhor análise do fato?

Quantas vezes sofremos as conseqüências de avaliações incorretas causando-nos dores desnecessárias?

Devido a nossa imperfeição, muitas vezes, quando alguém, também imperfeito, relata uma situação sob seu ponto de vista passamos a divulgar, como verdade, aquilo que não conferimos.

Outras vezes vemos uma pessoa como ícone, passamos a admirá-la, enaltecer suas qualidades e perfeições – que ainda estão muito distantes de serem conquistadas – e mais adiante, quando essa pessoa comete um deslize, um procedimento inadequado, emite uma palavra ríspida, vemos revelada sua verdadeira personalidade, o ídolo se desfaz, vem a decepção.

Doutras vezes, aqueles que julgávamos como “pessoas de segunda linha” nos surpreendem com atitudes dignas.

Reconhecemos que é inevitável conceber conceitos a respeito de pessoas e situações, pois é impossível nos comportamos como pessoas desprovidas de raciocínio, entretanto não nos cabe condenar ou “endeusar” ninguém. Desconhecemos o porquê dos fatos, o que levou a tal ou qual situação e em que condição ocorreu.

Raramente as notícias que nos chegam são reais, muitas vezes com adulterações de segundos ou terceiros interesses.

Como decorrência de nossas atitudes, análises e entendimentos equivocados sofremos suas conseqüências, menores ou maiores, mas inevitáveis. A lei de ação e reação impera.

Felizmente a misericórdia divina está sempre disponível para auxilar-nos, e a todos que desrespeitam as leis do Amor, na corrigenda de equívocos.

“Choraste sobre situações inquietantes que tomaram rumo salvador, quando tudo te fazia crer em tragédia.

Seja qual seja a provação em curso, refreia a língua para que tua língua não amaldiçoe.

É possível estejas vendo tudo em derredor de teus passos pelo prisma do desespero...” ¹

Bendigamos sempre, pela vida, família, convivência social, diferenças entre nós, conquistas, alegrias, experiências... pelo novo dia que o Pai nos oferece para melhorarmo-nos.

Bendigamos!