Considerando que o papel do médium nas comunicações é sempre ativo, seja ele consciente ou inconsciente, intuitivo ou mecânico, (ver estudo 63 de out/2006) a transmissão e pureza da comunicação sempre dependerá dele.

Nos estudos dos itens 9 a 14, os Espíritos que responderam as questões propostas por Allan Kardec, afirmam que a passividade mediúnica caracteriza-se quando o médium, apesar de não se anular por completo, não mistura suas idéias às do Espírito comunicante. Lembraram ainda que, para produzir o movimento de um corpo inerte o Espírito necessita do fluido animalizado do médium, de que se serve, por exemplo, para animar momentaneamente a mesa, fazendo-a obedecer à sua vontade, e que para uma comunicação inteligente também é necessário um intermediário inteligente e esse intermediário é o médium.

Um Espírito pode dar vida factícia momentânea a um corpo inerte, mas não a inteligência, sendo assim o médium quem recebe o pensamento do Espírito comunicante sem o perceber e o transmite pouco a pouco, seja pela psicofônia ou psicografia, ou outra modalidade.

Assim, a participação do médium é indispensável como intermediário, mesmo quando se trata dos chamados médiuns mecânicos (ver estudo 63 de out/2006). 

Concluindo, compreende-se que os Espíritos comunicantes podem utilizar tanto o médium consciente quanto o inconsciente, dependendo essa escolha das circunstâncias, da necessidade de precisão na comunicação ou de fatores controlados pelos Espíritos que coordenam as atividades do médium.