O LIVRO DOS MÉDIUNS

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)

por

ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

SEGUNDA PARTE

DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS

CAPÍTULO XXIX - REUNIÕES E SOCIEDADES

REUNIÕES EM GERAL - SOCIEDADES PROPRIAMENTE DITAS –

ASSUNTOS DE ESTUDOS – RIVALIDADES ENTRE AS SOCIEDADES

DAS SOCIEDADES PROPRIAMENTE DITAS

Dando sequência aos estudos relativos às sociedades espíritas, Allan Kardec destaca que o Espiritismo tem inimigos interessados e em impedir-lhe o desenvolvimento e que veem com despeito sua propagação.

Destaca ele que os mais perigosos são os que agem na sombra, e sabe-se que eles de fato existem. São Espíritos encarnados e desencarnados que se infiltram por toda à parte onde possam fazer mal. Sabendo que a união é uma força, procuram disseminar a discórdia de ideias para que os mais frágeis se instabilizem e conseguem semear a discórdia. Quem poderá então dizer que os que provoquem perturbações nas reuniões não sejam agentes provocadores, interessados na desordem?

Seguramente não são verdadeiros e nem bons espíritas, pois podem fazer muito mal, separando trabalhadores, afastando frequentadores, até mesmo dissolvendo centros espíritas.

Ressalta Allan Kardec que é previsível que tenham muito mais facilidade de se infiltrar nas reuniões mais numerosas do que nos pequenos grupos em todos se conhecem. Atuam de modo oculto, por meio de manobras escusas, que passam despercebidas, semeiam a dúvida, a desconfiança e a inimizade.

Afirma o Codificador:

“Sob a aparência de interesse pela causa criticam tudo, formam grupinhos que logo rompem a harmonia do conjunto. É o que eles querem. Tratando com essas pessoas é inútil apelar aos sentimentos de caridade e fraternidade, seria como falar a surdos voluntários, porque o seu objetivo é precisamente o de destruir esses sentimentos que são o maior obstáculo às suas manobras. Essa situação, prejudicial a todas as sociedades, o é ainda mais às sociedades espíritas, pois se não levar a uma ruptura, provocará preocupações incompatíveis com o recolhimento exigido pelos trabalhos.”

1 - KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns - 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap. XXVIII – q. 336

Tereza Cristina D’Alessandro – março/2024