O Livro dos Espíritos

Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade (Segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec).

LIVRO SEGUNDO

“MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS”

CAPÍTULO II – ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS

QUESTÕES DE 132 A 148

I - Finalidade da Encarnação

II - Da alma

III - Materialismo

I – Finalidade da Encarnação – 7

     Quando tiver desenvolvido toda uma perfeição compatível ao mundo que habita, necessitará de encarnes em outros núcleos compatíveis ao seu teor evolutivo.

     Nesse caminhar, qualquer que seja o grau de adiantamento, como encarnados ou na erraticidade, o Espírito estará sempre colocado entre um superior que o guia, auxilia, e um inferior ao qual lhe cumpre os mesmos deveres.

     E cada existência se apresentará com um cabedal do que adquiriu nas vidas anteriores: aptidões, conhecimentos, instintos mais ou menos educados, inteligência, moralidade, etc., que se somarão às conquistas atuais, sendo assim cada encarnação um passo no caminho do progresso (C.I, III, 9).

     Atingindo um máximo de progresso no desenvolvimento de seus caracteres perfectíveis, responde-se à questão 133a mostrando a importância desse trabalho que o Espírito realiza em sua estrutura. Agora, nesse estágio de bem-aventurança, tem percepções e “sentidos” inimagináveis; o corpo que o reveste aproxima-se da natureza espiritual; é livre para aceitar ou não missões, não tem necessidade de ficar confinado a um mundo específico, podendo estar em toda parte.     

     Sendo a encarnação, inerente à inferioridade do Espírito, deixará de lhe ser necessária. Fica, a partir daí, apto para progredir no estado espiritual ou nas existências corporais de mundos superiores que nada têm da materialidade terrestre.

     “Da parte destes a encarnação é voluntária, tendo por fim, exercer sobre os encarnados uma ação mais direta e tendente ao cumprimento de uma missão que lhes compete junto aos mesmos. Desse modo aceitam abnegadamente as vicissitudes e sofrimentos da encarnação”. 

Conclusão:

      “ Nascer, morrer, renascer ainda e

        progredir sempre, tal é a Lei”. Allan Kardec

Livros consultados além dos citados no texto:

O Livro dos Espíritos - q. 170 – 540 – 573- 607 – 132 – 133 – 564 – 872 – 76 a 79 – 843/850.

Revista Espírita – agosto 1869 – junho 1860 – outubro 1868 –setembro 1863.

O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. V, it. 8 e 9 – cap. IV, it. 24 e 25.

O Céu e o Inferno – cap. III - 8 e 9 – cap. VII pág. 90.

Emmanuel – cap. XXXII.

O Consolador q. 246, 247.

Leda Marques Bighetti – Julho / 2018