O LIVRO DOS MÉDIUNS

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)

por

ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

SEGUNDA PARTE

DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS

CAPITULO XXIV

IDENTIDADE DOS ESPÍRITOS

AS PROVAS POSSÍVEIS DE IDENTIDADE

COMO DISTINGUIR OS ESPÍRITOS BONS E MAUS

PERGUNTAS SOBRE A NATUREZA E A IDENTIDADE DOS ESPÍRITOS

Dando continuidade às nossas reflexões, relembramos que dos estudos anteriores podemos depreender que os propósitos elevados, intenções ligadas ao Bem, interesse pelo crescimento espiritual sempre serão elementos para garantir a presença e influência de Espíritos Bons e Superiores nas reuniões e estudos.

Estudando a questão 268. Itens 16 a 18, o Codificador perguntou aos Amigos Espirituais por qual razão é permitida a comunicação de Espíritos maus, considerando inclusive que a finalidade pode ser sugerir desconfianças injustas, gerar desavenças entre membros de um grupo, separar amigos.

Pelas respostas apresentadas, pode-se perceber na permissão um sentido de instrução para os encarnados, pois há que se extrair lições morais dessas experiências, “Mesmo o que há de pior traz um ensinamento.  Cabe a vós saber tirá-lo.”

            E ainda completaram os Amigos: “É necessário que haja comunicações de toda espécie para vos ensinar a distinguir os Espíritos bons dos maus e para que vos sirvam de espelho.”

            Sabemos que os desencarnados não são nada diferentes dos encarnados; que o plano material e espiritual se entrelaçam apresentando homens com condições espirituais muitos semelhantes, com a prática do mal com as mesmas finalidades, daí se entrelaçarem espiritualmente em relações que se estendem nas diversas atividades desenvolvidas em ambos os planos.

            A ação dos Espíritos perversos e invejosos sobre encarnados e desencarnados se dá em princípios de afinidade e sintonia.  Para que eles provoquem incidentes, perturbações, intrigas e outras discórdias, basta que encontrem a receptividade necessária resultante da desatenção, da falta de estudo e de autoanálise.

            Médium sem estudo é médium à deriva...

            Allan Kardec ainda questionou que se os Espíritos maus se infiltram com facilidade nas comunicações, parece que nunca se poderia estar certo da verdade; isso seria real?

            Os Amigos espirituais responderam que a razão é o critério ideal para a análise das comunicações. E a razão necessária para discernir o certo do errado, o mal disfarçado, a mentira da verdade, só é possível para aqueles que estudam, que aprendem sempre mais, que se esforçam pela melhoria constante de si próprios.

BIBLIOGRAFIA

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns - 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap. XXIV –

q. 268 – 16 a 18                                                                    

Tereza Cristina D'Alessandro – Abril 2017