O
ser humano adulto, consciente é totalmente responsável por suas ações e pelas
repercussões delas nos outros.
É
dono de seus sentimentos, ideias, pensamentos que, se inferiores e
perturbadores, estimulam registros incrustados no inconsciente que se abrindo
no consciente atual encorajam, reforçam, fortalecem a ação. Mas sendo real tal
mecânica como impedir que aflorem dando forças para agir?
Esse
conhecer é que daria sustentação ao encarnado para conhecendo-se, encontrar
portanto em si, detalhes que não foram educados, trabalhos a serem feitos,
estampando um retrato real de quem cada um é.
A
ideia que surge, o ímpeto, o arroubo neste processo, pede análise. O sentimento
perturbador, diferente, requer que se encontre a causa, o porquê dessa impressão
incomoda. O que estou sentindo permite que me exteriorize tranquilamente no
meio de todos?
Necessário
despertar, tomar conta cada um de si, estruturar-se dentro de padrão
equilibrado, centrado no bom, no belo, no verdadeiro, perfil esse inatingível
por mentes de teor diverso, sejam encarnados ou desencarnados.
Essa
jurisdição de autonomia ninguém pode dar, oferecer a alguém, uma vez que cabe a
cada qual decidir que caminhos quer trilhar, que rotas prefere ou escolhe.
O
ser espiritualmente educado não se porta como criança imatura, mimada que fica
à espera de que realizem o que lhe cabe fazer. Por estar desperto exerce
domínio sobre si em todos os instantes e circunstâncias.
Vacilará?
Terá dúvidas? Temerá falir?
Sem
dúvida experimentará incertezas, momentos de alguma fraqueza frente ao que
realmente deva fazer. É natural; não fomos educados ou habituados a crer que
trazemos bagagem perfectível, valores, um poder maior que mantido adormecido, a
espera ser acionado, momento então em que surpreenderá quem se disponha a
dinamizá-los.
Por
que esses raciocínios?
Eles
são diretamente relacionados aos coitados, às “vitimas” dos desencarnados e da
vida.
Ambos,
normalmente estão detidos em campo aberto das solicitações menores, dúbias,
enfraquecidas, titubeantes no ora quer, ora não, enfim, configuram-se como
atidos aos chamamentos menores tão ao sabor do Espírito que não se educa.
Distanciamentos
desses aspectos falam do trabalho de saneamento do campo mental em que só cada
um pode, é capaz de elaborar.
Obsessores,
influências negativas, assediamento em convites também de encarnados chegam como
avalanches para aqueles que não acreditam trazer em si forças naturais
adormecidas, apenas a espera de um comando real, verdadeiro.
Importante,
reformular o conceito de si mesmo. Tirar da mente a ideia de pecado, castigo.
Se
não foi tão feliz na decisão, corrija. Faça de novo em atitudes, decisões
diferentes. Estabeleça pouco a pouco o controle de si, com paciência, certezas,
caridade, inclusive consigo, dando-se a chance de refazer, pedir desculpas e
ajuda, caso necessite, não desanimar, atingir o patamar desejado.
Na
estruturação de um mundo íntimo focado em ideais, dependemos da mente que pede
ser atuante, desperta, alerta, interessada, segura e firme nos poderes de que
dispõe.
Para
ativação desse potencial é imprescindível fé, certeza, confiança em Deus
Providência que vivifica todo Universo e oferece a todos possibilidades para
fazer jus aos atributos inseridos desde o instante da criação, e que se
exteriorizam agora como confiança em si, na inteligência norteada pelo bom
senso, na capacidade de ação, capaz de não se deixar levar pelas
circunstâncias.
Estando
disposto a agir no bem, os amigos desse mesmo Bem maior em Jesus encontrarão
campo para impedir que a obsessão - interferência de mentes inferiores, aconteça.
Portanto,
não se acovarde. Defina-se por ser vencedor!
Leda
Marques Bighetti – Março/2017 |