Assertivas espíritas
ensinam que o Universo é composto ou se compõe em várias dimensões de vida.
Elas se correspondem em diversas densidades de matéria, que possibilitam a
existência dos mundos interplanetários das inúmeras casas do Pai.
A
descoberta de que a mente, o pensamento não são físicos, mas, extrafísico
segundo definição do Professor Rhine e semimateriais conforme o Espiritismo
demonstrou a realidade dos diferentes planos da vida, habitados por seres nos
diferentes graus de evolução.
O
processo de lapidação ou sutilização do corpo perispiritual se realiza
nesses planos que se superpõem em
compasso de aprimoramentos sutis até alcançar estágios de matéria tão rarefeita
que escapam à nossa imaginação ou à palavras para descrevê-los.
Nesse
contexto dinâmico não há lugar para o nada. Há comunicações exteriorizadas em
contextos dos mais variados através dos quais os seres interagem de forma
habitual e tranquila.
Nas
realidades mais afeitas ao nosso sistema elas se processam de modo tranquilo,
que, entretanto por ser desconhecida, aqueles que as exteriorizassem foram
vistos como perturbados mentais. Estavam obsedados, possuídos; as
exteriorizações eram decorrentes de disfunções orgânicas, da constituição do paciente em manifestações
patológicas.
Quando
ainda hoje muitos pensam dessa forma, se negam ou não aceitam a comunicação
entre mundos, no caso entre formas densas e formas sutis, no caso encarnados e
desencarnados, vamos encontrar esses mesmos habitantes de outras dimensões.
Ensinaram os Espíritos na Codificação que uma obsessão se caracteriza pela ação
de seres espirituais, homens encarnados de ontem, inferiores, vingativos,
viciosos, desconhecedores da vida que continua, doentes enfim, que atuam sobre
o psiquismo humano.
O
que facilitaria esse acoplamento de mentes em verdadeira atração, são inúmeros
fatores, principalmente a afinidade energética em tendências viciosas,
problemas reencarnatórios, egoísmo, ambições, aversão, ódios, sentimentos de
vingança, futilidade, vaidade, apego aos bens materiais, deslealdades,
disposições inferiores que pela identidade de onda atraem mentes em idêntica
sintonia, mantendo-se em afinidades reciprocas.
Nesses
raciocínios, os desencarnados não são os únicos responsáveis por essa parceria
incômoda. Ali se achegam, se instalam, permanecem porque encontram no encarnado
afinidade prazerosa, campo desguarnecido, aberto às inferioridades, uma vez que
são elas que atraem, imantam mentes a mentes.
O
rompimento dessa ligação em princípio ainda estaria centrado no encarnado. Tão
logo este se disponha a mudar, reestruturar seu campo mental, substituir os
focos atrativos por planos de superação voltados ao bem, à fraternidade, ao
amor, ao empenho de se evangelizar, autoeducando-se, substituindo valores ruins
por decisões melhores, os focos atrativos seriam rompidos.
Nota-se
que não há necessidade de objetos, ingredientes, fórmulas exteriores. Apenas e
tão somente a decisão mental, as emissões energéticas se enriquecerem com os
patrimônios e glórias do Universo; incorporar-se na luz do entusiasmo e da ação
pelo bem incessante que visem à felicidade comum. Nessa ou com essa disposição,
grande parte das vezes, a mente inferior associada, também descobre para si
caminhos novos, até então desconhecidos.
Ainda
aí, mais uma vez, se destaca o encarnado como agente de por si só decidir
afinidades e sintonias em padrões melhores, superiores, como ajudar tantas
outras mentes detidas nos meandros do medo, da dependência e aprendendo a
ligar-se em Jesus descobrir caminhos seguros para a paz e libertação.
Leda
Marques Bighetti – fevereiro/2017 |