Propaganda Espírita

Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de Carvalho em 1983 em “À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.

Propaganda Espírita

                Cada um, reencarnado aqui ou ali se encontra em abençoada parte da Terra que espera ajuda para que se renove e progrida pelo dinamismo correto de cada um.

                A multiplicidade dos caracteres que se mesclam, oferecem resultados inesperados.

                Misturam-se corações detendo o caminhar mergulhado em vicissitudes; os que apregoam justiça, mas estão mancomunados com o crime; os que falam em paz armando cidadãos.

Soma-se a corrida armamentista em nome da supremacia política ou econômica, transformando o mundo num grande palco em que se os personagens se renovam, a peça do desamor e da guerra prossegue.

A imprensa evidencia em manchetes as contradições do século, impondo enganosos valores, aturdindo consciências, sentimentos que se confundem pelo descaso ao pudor, medo pela insegurança à integridade física.

De alguma forma, a propaganda mercenária do mundo atende a interesse de grupos porque infelizmente, no mais das vezes, a imprensa se atém a ser veículo de descompasso ao psiquismo do Homem.

Ontem era o panfleto, o folhetim, o livro obsceno, o jornal misturando divertimento com infâmias sem o compromisso real da informação.

O rádio, o desenho, o cinema, divulgando e ensinando o crime, a corrupção, o vício. O sistema audiovisual da televisão, sugerindo, velado ou não, estímulos vulgares, sensações expressas na sexualidade em desequilíbrio com a paz íntima do ser.

A facilidade das comunicações virtuais, a inter-relação instantânea das redes sociais, nas quais imprudentemente tudo se divulga expondo privacidade, alimentadora de “conversas” e modismos  baseados nos exemplos das futilidades irresponsáveis.

Na realidade são um manancial descomunal que poderia ser usado como veículo disseminador de elevação, objetivos altruístas fortalecendo em mensagens reais o entendimento da vida como oportunidade e benção.

Frente a esse desconcerto é possível perguntar:

Por quê?

Será que o Homem moderno perdeu o endereço de Deus?   

Não será essa a hora do retorno à tela mental e ao coração da Humanidade de uma renovação das concepções de Vida?

Não estamos mais ao tempo do “crê ou morre”, dos aparatos e ritos como meios de “salvação”.

Quem conhece a Doutrina Espírita, enxerga o fulgurar de nova luz em que não basta simplesmente aceitar a experiência evangélica, mas imprescindível é propagá-la em vivência de alento, revelações que esclareçam, balsamizem, consolem, fortaleçam a coragem de decidir ser ético, bom, fraterno, um Homem que se vencendo constrói-se livre.

Essa mensagem espírita surge com Allan Kardec como estimuladora da renovação cristã a ser exposta através de todos os meios de comunicação, mensagens, notícias que reflitam a Providência Divina, o amor de Deus às criaturas.

Jesus desvelado e simples se fez conhecer e amar justamente por ter a coragem de ser irmão, de ser exemplo para todos fazendo o que merecia ser feito colocando em cada ato, palavra, ação, sentimento, o melhor de si para que outro ficasse bem.

É Ele por isso o modelo em convites que se seguem nos tempos e talvez não tão urgentes como agora no qual a propaganda espera ser veiculada através dos posicionamentos cristãos de cada um.     

Leda Marques Bighetti – Fevereiro/2016

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2024/11/21 | 14:30:57

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