Espiritismo e Equilíbrio

Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de Carvalho em 1983 em “À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.

24 – Espiritismo e Equilíbrio

De modo geral, é comum que indivíduos, ao se defrontarem com as propostas contidas no Espiritismo, se deslumbrem ante as perspectivas libertadoras e formas de ação da vida na Terra.

Passam a perceber horizontes mais amplos, concepções abertas, grandiosas, fraternidade num sentido diferente do habitual, campos infindáveis convidando a realizações nobres, enfim, convites a serviços edificantes espalhados por toda parte.

De repente – arrebatamento, entusiasmo, entendimento de passaporte gratuito para santificação que, não alcançada na proporção da expectativa, conduz ao desanimo, à decepção, ao abandono.

Na realidade, a benção da abertura que o conhecimento oferece não significa “graça divina” a privilegiados e sim aumento de responsabilidade em relação à própria vida; renascimento moral na caminhada física em curso.

O postulado espírita afirma a Imortalidade como abertura de portas às maiores realizações do Espírito em caminhada evolutiva na qual esta existência é apenas um detalhe da sequência existencial.

Nesse entender, não tem lugar ansiedade, precipitação ou o estacionar do retardamento. Moderação em trabalho contínuo, em detalhes antes não detectados em justa execução dos comportamentos éticos.

Cuidado, portanto, com clima de transformações radicais, mudanças abruptas, rompimentos bruscos, aspectos estes causadores de danos graves.

A reconstrução da alma em alicerces seguros decorre das avaliações, das certezas das reais possibilidades e da vontade de fazer bem tudo quanto mereça ser feito.

Ao lado desses cuidados, atenção, ponderação em sentimentos, pensamentos, palavras refinamento nas atitudes mais simples, uso equilibrado de todas as bênçãos da vida, entendendo-as, submetendo-se, amando as diretrizes da nova fé que sobremodo caminha rumo a um ideal de superação cujo modelo será sempre Jesus.

Quando tarefas se apresentarem, seja em que campo for receber com o coração feliz, ânimo forte, sem fanatismo, mas, na certeza que deve se irradiar em serviço positivo para todos.

Espírito tranquilo, embora convivendo com as situações normais do existir, avança seguro, feliz em pensamentos, anseios e aspirações sublimadas, na certeza  daquele  que sabe  não caminhar só.

Mantém certeza de que o Bem pertence ao Senhor, cabendo-lhe realizar, em qualquer lugar o melhor ao seu alcance.

Jesus aguarda até hoje, sem pressa, em extraordinária lição de equilíbrio, o instante em que cada Espírito imortal conseguir realizar em seu íntimo o Reino de Deus, exteriorizando-se então, na real fraternidade do Amor.

Leda Marques Bighetti – Setembro/2015

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