Advertência Fraternal

Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de Carvalho em 1983 em “À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.

Advertência Fraternal

Aqui ou ali, em espaço de tempo maior ou menor ouve-se que é necessário revisar a Doutrina Espírita no objetivo de atualizar o que os Espíritos ensinaram e Allan Kardec concluiu.

Preconizam que o Codificador não é infalível e que, como ele mesmo disse, envolve e “admite todas as verdades que a Ciência comprova”, acompanhando  os conhecimentos em todas as épocas do pensamento.

Atêm-se ao texto:

O Espiritismo, avançando com o progresso, jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem que está em erro acerca de um ponto, ele se modificará nesse ponto; se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará” (A Gênese, cap. Caráter da Revelação Espírita).

Explicam que a Doutrina está estagnada, significando isso campo aberto para que se incorporem enganos, crendices, misticismos, reafirmações de informações superadas pretendendo eles mesmos realizar essa tarefa.

Esquecem eles a afirmação de Allan Kardec quando grafa:

O Espiritismo, longe de negar ou destruir o Evangelho, vem, ao contrário, explicar e desenvolver, pelas novas leis da Natureza, que revela tudo quanto o Cristo disse e fez; elucida os pontos obscuros do ensino cristão, de tal sorte que aqueles para quem eram inteligíveis certas partes do Evangelho, ou pareciam inadmissíveis, as compreendem e admitem, sem dificuldade, com o auxílio dessa doutrina; veem melhor o seu alcance e podem distinguir entre a realidade e a alegoria; o Cristo lhes parece maior: já não é simplesmente um filósofo, é um Messias divino”. (idem acima).

É nesse particular, que todos, encarnados e desencarnados, devemos reunir esforços para alcançar os objetivos iluminativos dessa Codificação de liberdade conferindo ao Homem direito de como ser livre para pensar e agir – liberdade esta que não lhe dá a licença para interpretar e mudar princípios que constituem o Espiritismo como Doutrina.

Estudar, comparar, pesquisar, é tarefa das quais não podemos nos eximir uma vez que a Codificação para ser devidamente compreendida exige maturidade psíquica e vivência evangélica.

Devemos atualizar (ex. o termo azoto (nitrogênio) usado em “A Gênese”), isto é, tornar atual o pensamento doutrinário em torno de nomenclaturas e fatos modernos, trabalho que estão fazendo os estudiosos de ontem e de hoje, no que respeita aos descobrimentos científicos e éticos da Humanidade.

Estar, portanto, atentos em relação aos inovadores que pretendem com enxertias e modernizações, advogar ideias próprias, criar dúvidas que levarão ao separatismo, à criação de correntes dissidentes nas quais Jesus deixa de ser o modelo e guia de edificação, e torna-se alguém superado.

O espírita zeloso tem outra conduta em relação à Doutrina e ao próximo.

Aquele que pode ser, com razão, qualificado de verdadeiro e sincero espírita, está num grau superior de adiantamento moral; o Espírito, que domina mais completamente a matéria, lhe dá uma percepção mais clara do futuro; os princípios da doutrina fazem vibrar nele as fibras que permanecem mudas nos primeiros: numa palavra ele é tocado no coração; também é a sua fé inabalável. Um é como o músico que se comove com certos acordes, ao passo que o outro não ouve senão sons.” (O Ev. Seg. o Esp. cap. XVII – 4).

 

Leda Marques Bighetti – Julho/2015

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2024/12/2 | 11:44:07

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