Espiritismo e Vida Futura

Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de Carvalho em 1983 em “À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.

Espiritismo e Vida Futura

Vida futura! Ilusão? Engano? Utopia?

            Pensadores diversos criaram escolas filosóficas nas quais padronizaram conceitos sobre a possibilidade de existência após a morte. Em meio a imediatismo absorvente, confundindo-se, acabaram por sugerir que o Homem, ser pensante, se aniquilava juntamente com a desagregação celular.

            Outros, igualmente preocupados com a tese imortalista, também criaram escolas sugerindo o além-túmulo como a grande realidade da vida terrena.

            Hoje ainda, correntes opostas sobre o mesmo tema encontram digladiadores entre a negação e a dúvida.

            A Doutrina Espírita, pregando sem receios a vida futura, não se detém: afirma a pluralidade das existências através da qual se encontram as explicações para as inteligências precoces; as aptidões que diversificam os homens e que a educação e o meio não conseguem corrigir; ideias inatas; tendências artísticas e culturais, instintos para as virtudes ou vícios, a existência de selvagens, bárbaros, incultos e civilizados em todos os tempos da sociedade.

            Em face de tantos detalhes essa Doutrina, revive os ensinamentos de Jesus e concentra sua dinâmica na ênfase ao trabalho honesto, na moral sadia, na dignidade entendendo que opções menos felizes como abusos, criminalidade, desrespeitos não cessam em seus efeitos apesar da desagregação celular.

            Na proporção e intensidade da semeadura será a inadiável consequência desses atos a se desdobrarem na vida além-túmulo como natural decorrência das construções emocionais que alimentou na jornada humana.

            Dai porque a renovação moral do Homem no Evangelho de Jesus é o objetivo da Doutrina Espírita que uma vez aceito, conduz ao cultivo prazeroso do dever puro e simples como normativa natural de libertação.

            “Com a fé na vida futura, dilata-se-lhe o círculo das ideias; o porvir lhe pertence; o progresso pessoal tem um fim, uma utilidade real. Da continuidade das relações entre os homens nasce a solidariedade; a fraternidade se funda numa lei da Natureza e no interesse de todos”.

            “A crença na vida futura é, pois, elemento de progresso, porque estimula o Espírito; somente ela pode dar ao homem coragem nas suas provas, porque lhe fornece a razão de ser dessas provas, perseverança na luta contra o mal, porque lhe assina um objetivo. A formar essa crença no Espírito das massas é, portanto, o em que devem aplicar-se os que a possuem” (Obras Póstumas – Credo Espírita – p.386)

 

Leda Marques Bighetti – Junho/2015

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2024/11/23 | 08:57:48

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