Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de
Carvalho em 1983 em “ À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira
Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.
12 – Panoramas da Vida
Em
toda Natureza não há morte como cessação dos fenômenos da vida: apenas
transformação.
Nem
fim, nem o grande repouso, nem o nada, nem o fim – unicamente passagem no tempo
do tempo; uma fase, um período do existir físico para a Vida real que não sendo
material e sim de essência espiritual, não envelhece ou se decompõe.
Em
razão disso, morte só deveria representar temor por quem ou para quem se crê
exclusivamente matéria.
Ao
contrário, admitir sobrevivência leva a pensar, imaginar, fazer planos em que
vai se “aclimatando” a uma vivência organizada no além-túmulo. Vendo
aproximar-se o fim da resistência orgânica, muitas vezes colabora dispondo-se à
partida. Isso não quer dizer que não haverá surpresas, entretanto, a adaptação
será mais tranquila uma vez que se entende vivo no prosseguir existencial do sem
fim. A mente está favorecida por certezas que a própria Ciência materialista, a
eletrônica, ondas, energias, vibrações, a Psicologia, Metapsíquica,
Parapsicologia, também lhe comprovou – a existência de um princípio básico – a
essência espiritual que transcende a matéria.
Allan
Kardec, que examinou meticulosamente essa “hipotética” realidade, apresentou os
meios seguros de contato com a sociedade do mundo extra-sensorial do qual os
próprios Espíritos retornaram para dizer com a autoridade que os credencia –
Não há morte... E sim, abençoados panoramas em sublimes manifestações.
O
que desaparece momentaneamente ressurge em esquema diverso submetido à lei
natural.
Reflexões
que, quando transformadas em certezas deixam de gerar tormentos do consumir-se
em chamas eternas ou apodrecer no repouso enfadonho, consumido, dissolvido no
nada, quando na realidade não há descanso ou extinção.
Tudo
é Vida e Vida é movimento, ação dirigida para objetivos elevados, incessante no
constante acrescer, construir, conhecer, crescer, libertar.
Da
mesma forma que as pesquisas da Física, Química informam existir outros estados
de matéria mais sutis que os gases mais raros, a Doutrina Espírita ensina que o
mundo espiritual não é algo vago ou longínquo – apenas uma esfera vibratória
interagindo na matéria física.
O
Espiritismo ressalta a vida imperecível, desdobra perspectivas da ventura dos
reacertos, recomeços; oferece recursos para equacionar meios, métodos e
valores, planos, níveis próprios para o avanço da alma imortal.
O
conhecimento, nesse caso, é convite para que cada um, em prol de si mesmo possa
dizer como o apóstolo dos gentios: “-Onde
está a tua vitória, ó morte?” e prosseguir encarnado ou não confiante na
semeadura do Bem, único roteiro para felicidade.
Leda Marques
Bighetti – Maio/2014 |