Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de
Carvalho em 1983 em “À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira
Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.
Mesmo
Sofrendo
No
estágio evolutivo do Planeta não existe quem, no decorrer dos anos, passe, sem
experimentar, sentir ou conviver com a dor.
É
ela acompanhante natural, tanto inserida nas contingências de qualidade de
mundo de expiação e provas, como meio bendito, através do qual, aprende o Homem
a se precaver, tornar-se mais cuidadoso nisto ou naquilo, no sentido de,
aproveitando a experiência, evitar em futuro, algo que lhe foi fonte de
desgostos.
Quando,
porém, esse Homem já possui um entender mais dilatado, transcendente, apesar
das dificuldades, o ideal do Bem, o interesse em educar superando-se frente a
esse objetivo, persevera , impulsiona-se buscando fazer sempre um melhor.
Nos
momentos de dor a resposta do cristão há que se fazer conhecida pela segurança
a refletir o domínio do Espírito sobre o corpo, amparada na paz da consciência
reta, na certeza de que não está convivendo com nenhuma forma de injustiça.
É
possível ser esse Homem taxado de insensível, frio, ausente, frente a essa dor
que vitima a todos?
Certamente.
Em todos os tempos o ideal de superação conheceu zombarias, descaso,
incompreensão.
A
tal apreciação taxativa dos outros, acresce-se, soma-se a dor pessoal, que
ainda ai deverá impulsionar a alma erguida nas vibrações do ideal do Amor, o
alimento das bênçãos do Bem.
Desse
modo, aflições do corpo ou da alma, sejam ou não dos descasos da vida presente
ou anterior, recordar que não há punição em arbítrios: apenas convites a
correções que, renovando, abrem caminhos da libertação na qual o “... o homem não procura se elevar acima do
homem, mas acima de si mesmo aperfeiçoando-se”. ( O Ev. Seg. o Esp. cap.
III – 9.)
Nesse
momento, sentimentos ternos são elevados, sublimados e um laço de amor em
fraternidade, passa a o Homem a tantos que possam estar detidos por provações
em dores. Oferece, então, seu pessoal momento difícil para tantos que não
possuem esse entender.
Desse
modo, o Espiritismo oferece a chave da relação existente entre alma e corpo,
vida presente e anterior, complexos interagentes e reagentes na sequência
existencial do viver.
Mesmo
envolto na dor resposta, física ou moral em face da dor, não se permitir
sofrer. Ter presente o Mestre no Horto, que envolto em aflições, dores por todo
corpo, estendia desde então a felicidade de Seu amor puro a toda Humanidade.
Leda Marques Bighetti –
Março/2015
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