Espiritismo e Razão – Reencarnação - 2

Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de Carvalho em 1983 em “À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.

Espiritismo e Razão – Reencarnação - 2

 

O Homem é construtor do próprio destino, uma vez que através das escolhas do  hoje estabelece para si caminhos. Os atos lançam raízes que se estendem pelos tempos em ramificações, frutos correspondentes.   Nesse entender é possível aceitar que cada um é o que fez de si ou por si. As ações do hoje abrem ou fecham portas para o porvir; ontem, hoje, amanhã constituem-se apenas como estações da viagem através das quais se caminha na Vida.

Não há privilégio, concessões indébitas; o corpo tomba – a alma segue. O efeito referencia a causa; a preexistência como a sobrevivência confere à razão novo e amplo horizonte.

A Vida passa a ter sentido, explicação racional; a dor desaparece pela realização do amor; a felicidade passa a centralizar-se na vivência do bem na qual a imortalidade é a alma da Vida.

Em face de tão reverente justiça, na reencarnação se exterioriza de forma ostensiva a Sabedoria Divina, a justiça das leis, explica o futuro, firma esperanças,  pois oferece meios de resgates, reacertos conduzindo o Homem que crê para Deus, soberana fonte da razão absoluta.

É essa Justiça que permite ao Homem realizar em novas existências aquilo que não pode fazer  melhor ou  que se enganou em determinado momento da caminhada.

Não seria coerente com a grandeza do Pai castigar para sempre os que, em se defrontando com obstáculos naturais da vida, em algum instante, fraquejaram detendo-se em enganos.. 

É por isso que Allan Kardec afirma:

“A doutrina da reencarnação, que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham numa condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos nossos erros por novas provações. A razão nô-la indica e os Espíritos a ensinam”. (O Livro dos Espíritos 171)

Sob esses raciocínios, o Homem tendo consciência de suas limitações, encontra consoladora esperança. Fica-lhe claro: segundo os esforços dispendidos, elevar-se-á acima de si mesmo conquistando experiência, em somatórios para em novas existências retornar com cabedal de forças, resistência, discernimento e melhor uso nas escolhas que fará frente aos estímulos com que se defrontará.

A profecia materialista que esperava para início do século XX a morte das crenças religiosas viu surgir o Espiritismo como filosofia da ciência e ciência da religião, conduzindo a Humanidade para Deus, através da vivência  em ensinos de Jesus que sobremodo são voltados para a vida imperecível.

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2024/11/27 | 00:16:28

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