Liberdade e Evangelho
Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito  Vianna de Carvalho em 1983  em “ À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.

14 – Liberdade e Evangelho

Em todos os tempos dominadores exaltam a liberdade, enquanto dominados clamam, almejam fruí-la.
Entendendo que testemunho de amor a Jesus era pregar as Cruzadas para libertar o túmulo vazio do Mestre, Pedro, o Eremita desencadeia guerras, lutas desnecessárias que há seu tempo enlutou tantas nações.
Foi igualmente em nome da liberdade  que a França  desencadeou momentos terríveis   na Europa nos últimos tempos do século XVIII.
De alguma forma, sob outras características, as prepotências, as diretrizes de dominação em nome dos direitos humanos, se sobrepõem à fraqueza, numa posição “protetora” que também é algoz.
Entretanto, no Evangelho de Jesus anunciado há vinte e um séculos, a liberdade atinge seu mais nobre lugar através da revolução pacífica da moral, na ética dos costumes na qual Jesus continua como protótipo do homem livre.
Em situações de escarnecimento, humilhação, apupos, zombarias, atado ao poste do suplício, permanece digno e nobre; alça-se a Deus e comunga com Ele. Mantém o padrão elevado da liberdade perdoando os algozes. Volta do túmulo  caminhando livremente ao encontro  dos companheiros  receosos.
A estada de Jesus retratada nos Evangelhos é a grande lição de liberdade que o mundo conhece, pois, demonstra de forma eloquente  que a liberdade é condição da alma isenta de paixões.
Por isso, fortaleceu os discípulos ao indagar “Que medo podem fazer aqueles que matam  apenas o corpo e nada e nada podem fazer à alma?”.
Liberdade, portanto, não é um estado de movimento para o corpo, mas, condição da alma no corpo.

Leda Marques Bighetti – Dezembro/2014

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