Espiritismo e Ciência – Reencarnação
Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de Carvalho em 1983 em “À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.

16 –Espiritismo e Ciência – Reencarnação  (2) 
     Embora independente, as reflexões a seguir, poderiam ser um contínuo dos raciocínios anteriores, uma vez que, entendendo a alma peregrina em múltiplas etapas, por lógica, reúne nessas inúmeras vidas materiais que permitem avanço ou estacionamento nos degraus da  evolução.

     Em cada nova existência o Espírito retorna enriquecido dos valores nos quais se aprimorou ou com as tendências duvidosas, situações de experiências em que malogrou, até alcançar, pelo trabalho pessoal, nesta ou através de vários outros reencarnes, superação que permita libertar-se de si mesmo.
     Por essa razão, a História mostra,  por exemplo, jovens portadores de patrimônio moral e intelectual impossíveis de serem conseguidos apenas em uma existência.

     Poderíamos citar Pascal aos doze anos, sem mestres ou livros que demonstra em Geometria até a 32º Proposição de Euclides, publicando um livro no qual os raciocínios contidos iam além do mestre.

     Mozart aos cinco anos falava francês, alemão e latim, compondo sua primeira ópera aos nove anos.

     João Stuart Mill aos três anos aprende o alfabeto grego;  Lopes da Vega  lia em latim e fazia versos aos cinco anos;  Leibniz, a sós, aprendeu latim aos oito anos; Goethe, antes dos doze escrevia em várias línguas, bem como inúmeros outros, exteriorizando-se em conhecimentos que lhes era de domínio.
     Outro aspecto interessante é o fato de que homens obscuros e humildes, em todas as épocas procriaram filhos que enobreceram a Humanidade com gênios do conhecimento: Sócrates era filho e um modesto artista; Eurípedes tinha por pai um vendedor de frutas;  Lutero nasceu de um mineiro; Franklin era filho de um saboeiro;  Machado de Assis tinha por mãe uma lavadeira; Jesus nasceu numa estrebaria nos braços de um carpinteiro.

     Na mesma reflexão,  encontraremos pais dotados de elevação moral gerando filhos que infelizmente se fizeram conhecer como monstros de perversão e animalidade em temperamentos  violentos e caracteres fracos, expressando compromissos com o crime em raízes através das etapas.
     Daí a benção, a oportunidade do entender renascimento como oportunidade para adquirir aprendizado; recordar até a fixação, elaborar em si os elementos da pessoal  libertação, compreendendo que  até na  dor , a lição não aprendida é recapitulada buscando o reequilíbrio rompido.

     Esse entender destaca a beleza de que na vida nada se perde, uma vez que a memória tudo registra guardando as conquistas que facilitam acesso a atitudes melhores ou conservando momentaneamente detalhes a clamar reacertos.

     Em razão disso, tudo e todos têm razão de ser funcionando como estímulos, despertamentos, reencontros em aulas novas, recapitulações ou matéria desconhecida a se posicionar  como convite ao maior empenho para que o aprendizado se processe de forma a não exigir recapitulações.  

     O Espírito não para. Vivemos ontem, vivemos hoje, viveremos amanhã.
     A caminhada na Terra, em cada renascimento é capítulo novo na jornada do Espírito em ascensão.

     Doutrina Espírita caminhando ao lado da Ciência admite e aceita todas as verdades que a mesma comprova, porém, não se detém; prossegue  pesquisas no campo do espiritual e aponta na união desses dois princípios (o elemento material e o elemento espiritual ) como a razão de uma imensidade de fatos até então inexplorados. Nesse sentido, aclara mentes, sossega  corações; consola dores, perdas, dá sentido ao hoje em função da imortalidade.


Leda Marques Bighetti – setembro/2014
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2024/12/2 | 11:23:20

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