Espiritismo e Ciência – Reencarnação
Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de Carvalho em 1983 em “À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.

15 – Espiritismo e Ciência – Reencarnação (1)

Com as contínuas descobertas da Ciência no campo da matéria, a existência de um princípio espiritual que alimenta a Vida ganha força.

Na proporção em que o átomo passou a sofrer estudos incessantes, as descobertas realizadas nos reinos atômico e subatômicos alargaram, favorecendo informações a respeito do Espírito.

Decompondo a matéria, reduzindo a sua expressão mais simples encontraram a energia que lhes serve de base para incessantes e novas especulações.

A partir da metade do século XIX em diante, João Dalton contribui expressivamente para o estudo da partícula atômica levando ao estudo de ousadas concepções que levariam a descobertas surpreendentes.

De indagação em indagação milenárias conceituações foram renovadas principalmente nas últimas décadas do século XIX.

No século XX físicos, químicos, matemáticos, geômetras proporcionaram à Ciência extraordinários fatos. Rutherford inaugura uma era para a radioatividade; Einstein cria a teoria da relatividade do tempo e do espaço e assinala a Ciência moderna. Estudando a energia radiante, com as descobertas que realiza, identifica a estrutura material como concentração de energia e na medida em que as mentes encarnadas buscarem no conhecimento defrontar-se-ão com o Espírito que legitimamente é o ser.

Lamark, em 1809, modifica as afirmações criacionistas, mostrando-a como anticientífica. No entanto, o transformismo também não solucionou totalmente a origem e evolução do Homem – usa-se então a verdade na união de ambos os princípios através de seus elementos essenciais.

“No vértice da evolução a alma é um princípio consciente e livre”, afirma Geley mostrando a evolução como resultado de uma Providência onisciente e onipotente que através de milhões de séculos, elaborou a cristalização de fascículos da luz, dando origem à vida organizada.

Quando Lamark aventou a hipótese de que “a função faz o órgão” para explicar o nascimento de uns e o desaparecimento de outros, admitiu o princípio espiritual anterior à vida física.

Darwin, apresentando sua “seleção natural” no conceito da “luta pela vida” sugeriu a hereditariedade como fator preponderante na transmissão dos caracteres biológicos.

A hereditariedade, porém, não explica a diversidade dos tipos físicos, morais e mentais que constituem a sociedade.

À semelhança de Darwin, Alfred Russel Wallace baseava sua investigação evolucionista na “seleção natural”, admitindo, porém, o princípio da reencarnação como o essencial para preencher as lacunas observadas na escala animal.
Chamando atenção dos Homens de Ciência para os fenômenos anímicos e espíritas no domínio do paranormal Wallace, contribuiu para que William Crooks se interessasse por essa classe de fenômenos nos estudos dos quais decorreram as extraordinárias materializações de Katie King.

Com o reencarnacionismo vão se esclarecer várias dificuldades em que se debatia a Psicologia.
“Tornam-se explicáveis complexas perquirições, que se demoravam sem resposta, como: as inteligências precoces e as crianças prodígio; as aptidões que diversificam os homens e que a educação e o meio não conseguem corrigir; as ideias inatas, as tendências artísticas e culturais, os instintos para as virtudes e baixezas e a existência de homens selvagens, bárbaros, incultos e civilizados em todos os tempos da sociedade”.

Nesse entender consolador, cada um, na posição em que se encontre, passa a se entender conclamado para as tarefas do bem, o aprimoramento interior, pois, consoante Erasto em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”  “...o arado está pronto, a terra espera;  arai”.
 

Leda Marques Bighetti – Agosto/2014
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2024/12/2 | 11:24:26

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