Magnetismo –
ramo da Física alusivo aos fenômenos que caracterizam as propriedades dos imãs.
Imãs –
substâncias que apresentam propriedade de se atraírem entre si ou a outros
corpos. Possuem duas extremidades chamadas polos: um positivo, outro negativo.
Dois polos de mesmo nome se repelem e os diferentes se atraem.
Origem da
palavra – Na região da Magnésia, província grega da Ásia Menor existia uma
pedra que tinha capacidade de atrair pedaços de ferro. A pedra foi chamada de
Magnetita e deram o nome de Magnetismo à sua propriedade atrativa.
Para entender
sua ação no homem, necessário se faz recordar Fluidos, nome genérico com que
designa a fase não compacta da matéria, e que pode se apresentar pastosa,
sólida, líquida, radiante. A Ciência hoje considera outras subfases. Temos os
fluidos líquidos, elásticos, imponderáveis, tidos como agentes dos fenômenos
luminosos, caloríficos e outros.
Em síntese,
fluido é toda matéria desde a mais grosseira à mais diáfana, que, variando ao
infinito, atende às necessidades físicas, químicas e vitais, bem como sua
intermediação entre o reino material e espiritual.
Essa forma de
matéria se constitui de estrutura, composição, cujas moléculas cedem à menor
pressão, movendo-se entre si ou separando-se quando entregue a si mesmas.
Por que esse
recordar?
Em “Evolução
em Dois Mundo”, fluido é chamado de “plasma divino ou força nervosa do Todo
Sábio”, querendo dizer que neste elemento primeiro vibra e vive tudo quanto
existe obedecendo a leis predeterminadas que se desgastam e se transformam.
Têm qualidade?
Não;
impregnam-se das qualidades boas ou más, conforme os sentimentos e pensamentos
projetados, associando-se na afinidade que propicia sintonia, aproximando ou
separando mentes pela ação da lei.
É possível,
porém, identificá-los pelos efeitos, que podem ser balsamizantes, irritantes,
calmos, serenos etc., tão diversos quanto os sentimentos que a mente produz.
Adquirem, portanto, qualidades e projetam efeitos conforme são elaborados.
Nessa contínua
modificação, projetarão energias de ódio, ciúme, inveja, benevolência, maldade
chegando a excitar, acalmar, irritar, causar sono, tornando um ambiente
agradável, pesado, desassossegado, consequência das energias que carregam,
positivas ou negativas.
Essa ação
emissora é característica tanto para encarnados como para desencarnados.
Conforme sejam as projeções boas ou más, saneiam ou viciam ambientes, coisas e
pessoas. Estas, apercebendo-lhes, tem
condições de se sobrepor ou se envolver neles.
Raciocínios
que se apresentam como naturais, por serem desconhecidos, só a partir de 1771 é
que começam a ser investigados. Até então, afirmava-se que a força magnética do
imã tinha propriedade curativa, estudos que levaram a que se desenvolvesse a
teoria do magnetismo animal.
O que é isso?
É ‘força”
inerente a cada indivíduo e que pode influenciar outros, causar fenômenos
extraordinários por meio dessa energia particular que emana do ser e que terá
as qualidades desse emissor bem como a intensidade da vontade que a dirige.
Podendo ser acionada para inúmeros efeitos, essa “força” é que recebe o nome de
magnetismo.
O decorrer do
tempo foi pródigo nas dissensões científicas, negando, afirmando, acrescendo,
esclarecendo a possibilidade da ação, dos efeitos, bons ou ruins que lhes eram
possíveis.
Muito tempo
decorrerá, até definir-se principalmente para a Doutrina Espírita, como um
processo pelo qual cada um, pela ação da mente, emitindo fluidos do seu
perispírito, age sobre outros períspiritos abertos à sua ação, bem como em
outros corpos animados ou inanimados.
Desse modo,
Magnetismo, consiste na concentração, por efeito da vontade do homem dos
fluidos existentes nele, na atmosfera que o cerca, mediante aos quais, perto ou
a distância ele pode atuar sobre coisas e pessoas.
Jesus, modelo
por excelência, por força de seu psiquismo superior, era expansão contínua de
energias em ação, num potencial que, onde estivesse, alterava o meio, devolvia
equilíbrio energético, plasmava bem-estar.
“E toda a
multidão procurava tocar-lhe, porque saia dele uma virtude que os curava a
todos”. Lucas, 6:19.
Na sua
passagem pelo Planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal.
As pessoas buscavam tocar-lhe as vestes porque dele emanavam irradiações de
paz, de amor que lhes neutralizava as aflições.
No homem,
virtude e defeitos qualificam o potencial magnético de cada um. Os que se
propõem como meta a elevação espiritual tendem a aumentar essa energia
irradiadora, ao passo que os que se fixam em faixas inferiores, sem mesmo que o
percebam, tornam-se fontes contínuas de irritação, mal-estar, raiva,
insatisfação. Conhecer, implica entender o porquê de, repentinamente, com a
chegada de alguém, ambientes, de imediato, mudam.
Como efeito
prático, ressaltar para essa “força” natural que todos dispõem: dois polos – o
positivo, caracterizado pela espiritualidade e o negativo ou material, pelo
qual mais acessível se torna a penetração de energia inferiores.
“Se pretendes,
pois, um caminho mais fácil para a eclosão plena de tuas potencialidades
psíquicas, é razoável aproveites a experiência que os orientadores terrestres
te oferecem nesse sentido, mas não te esqueças dos exemplos e das vivas
demonstrações de Jesus.
Se intentas
atrair, é imprescindível saber amar. Se desejas influência legítima na Terra,
santifica-te pela influência do Céu”. “Pão Nosso”, lição 110.
Leda Marques Bighetti – maio/2025 |