O questionamento inclui também as
injustiças uma vez que constituem a grande temática para as revoltas contra
Deus, se é que Ele existe, indagam...
Os raciocínios a seguir levam a valorizar
o momento atual em que cada um tem a oportunidade de refazer-se através do
próprio mérito. Tentar tirar a ideia de castigo que sobremodo apequena o ser,
pois o coloca na situação de condenado.
Quem estuda, compreende que os aspectos
duros com os quais cada ser convive, em tese, são consequências de ações em que
o orgulho e o egoísmo ditaram opções; essas geraram alteração no contexto
equilibrado do ritmo existencial, aguardando então o restauro.
Naquele momento, decisões indébitas foram
tomadas; exteriorizaram elas o estágio evolutivo do Espírito e o tornam
responsável pelas recomposições.
Na realidade, à medida que cada ser se
reeduca, automaticamente desgasta compromissos, “gerados em si” sendo o único
responsável por seu crescer, que se dá em meio a enganos e acertos, geradores
que são das experiências.
Encarnados em mundos de expiação e provas,
com características de domínio do mal (OEE III-3), é justo que conviva com o
resultado de decisões livremente tomadas. Pode amenizá-las aproveitando as
situações do hoje, para agindo diferente, crescer espiritualmente.
Quanto a ocorrências menos difíceis, a
provas testam aprendizados. Foram definidas, acordadas, aceitas antes da volta.
Por mais duras que possam parecer, serão sempre aquém das forças com que cada
Espírito retorna.
Condições físicas, campo social, detalhes,
sejam quais forem, caberá a cada um, usando sua livre capacidade de escolha,
agir ou reagir diante das situações, com revolta, amor, certezas, indignações
...
Se há um determinismo na vida de cada um,
este é a programação intelecto-moral –espiritual que ocorrerá de maneira
desigual, porque depende das decisões livres de cada um que têm – e para todos
– a meta da perfeição.
Não há, portanto, castigo nos reencarnes –
apenas oportunidades – ocasião favorável, momento propício para reconstruir
perispírito desgastando as marcas deixadas pelas escolhas menos felizes.
Entender, portanto, situações adversas,
problemas, dores como resultado de escolhas para experiências em que se
preferiu por vê-las capazes de levar a crescer em amor e desprendimento.
Desse modo, todas as experiências são
luzes imprescindíveis ao crescimento.
Leda
Marques Bighetti – Julho/2024 |