É possível
que almas que se amam que sentem afeição, afinidades recíprocas não se separem?
Sim; é
possível que Espíritos, almas afins, possam e se reúnem no mundo dos Espíritos,
no qual progridem juntos em plena afinidade e amor recíproco.
Lá, tendo
em vista essa simpatia, podem pedir pela bênção de fruir essas emoções quando
encarnados, em renascimentos próximos como mães, pais, filhos, amigos...
Outros, almejam que esse encontro aconteça num casamento. Nesses, alegria,
felicidade, amor, fazem dessas aproximações, núcleos de suavidade, reuniões
abençoadas nas quais alimentos fortes os alimentam reciprocamente. São, diga-se
de passagem, situações de exceção, passíveis, entretanto de serem encontradas.
Na fase
evolutiva do planeta o comum, embora também raro, é o encontro de almas afins
que se equilibram em meio a ideais maiores de vida. A grande porcentagem são
ligações de aprendizados recíprocos.
De modo
geral, reencarnado, o ser experimenta grandes limitações em que situações
diversas influenciam os encontros como a influência dos vícios, inconstância,
invejas, injustiças, aversões, distanciamento educacional, social, detalhes
inúmeros que conduzem a climas ostensivos, inimizades, separações.
O sexo, a
ser encarado como manifestação sagrada do amor universal, normalmente é
encarado como expressão fugaz e isolada, descaracterizado do potencial
infinito.
No entanto,
a necessidade irresistível do amor, de um amor diferente do que normalmente o
homem conhece hoje, está no íntimo, nos anseios de cada um; faz parte da
essência do ser que aspira pela pureza da afeição que plenificariam o Espírito.
A permuta magnética em ideal superior estabelece ritmo à total harmonia na qual
os seres sentem totalidade energética que preenche e envolve tudo.
Para o
homem atual, tal panorama, assemelha-se utopia; não imagina e no entanto, é
mais um estágio a ser alcançado.
Estudando
“Nosso Lar” aprendemos que esses raciocínios têm razão de ser, uma vez que as
criaturas se sustentam exatamente nessa afinidade de almas que equilibra tudo
no amor infinito de Deus e que quanto mais dinamizado mais sutis serão seus
processos de exteriorização.
“O homem
encarnado, só muito mais tarde saberá que a conversação amiga, o gesto
afetuoso, a bondade recíproca, a confiança mútua, a luz da compreensão, o
interesse fraternal, são patrimônios que derivam naturalmente do amor profundo
que se exterioriza de Deus”. Nosso
Lar, cap.18/20.
Leda Marques Bighetti – Setembro/2023 |