Um obsessor é mau. É alguém a quem se deve
hostilizar, odiando-o mesmo.
O obsedado é alguém infeliz, desprotegido,
abandonado à própria sorte que se apresenta cruel.
São estas, afirmações comuns de se ouvir,
referenciando culpados e vítimas, esquecidos que cada um responde, aqui ou no
além, com a reação dos atos que gerou, respirando em clima que faz jus a
permanecer.
Nesse sentido, a dor que chegou, funciona
visando a ensinar conduta mais compatível com o objetivo das superações.
Conviver com momentos difíceis exige
definições: preferir deixar como está, viver com adversidades ou postar-se sob
os pensamentos do amor do Criador.
No primeiro caso, cria barreiras
vibratórias que bloqueia, impedem qualquer ação benfeitora. No segundo aspecto,
abre acesso às fontes superiores das quais fluem inspirações que auxiliam,
deixando claro que a luta é pessoal e será vitoriosa ou não, dependente das
ações que faça.
Em qualquer estágio, as conquistas morais
que o ser agrega em si são como um passaporte que o categoriza a caminhar por
veredas menos ásperas.
Questiona-se: o que quer que tenha havido
no passado, o obsessor é aquele que deve ser perseguido, maltratado, ou é
alguém tão carente e necessitado como o obsedado?
Se houve ou há razões na estrutura
psíquica do obsessor para que tenha as atitudes de agora, quem foi ou era o
obsedado de hoje?
Encontros, reencontros, não
necessariamente com personagens dos dramas, mas identificação vibratória,
psíquica, de campos desordenados com situações que têm um só objetivo –
despertar para entender que só no amor é que valem as atitudes da Vida.
Leda Marques Bighetti –
Janeiro/2022 |