É comum ouvir...

     Um obsessor é mau. É alguém a quem se deve hostilizar, odiando-o mesmo.

     O obsedado é alguém infeliz, desprotegido, abandonado à própria sorte que se apresenta cruel.

     São estas, afirmações comuns de se ouvir, referenciando culpados e vítimas, esquecidos que cada um responde, aqui ou no além, com a reação dos atos que gerou, respirando em clima que faz jus a permanecer.

     Nesse sentido, a dor que chegou, funciona visando a ensinar conduta mais compatível com o objetivo das superações.

     Conviver com momentos difíceis exige definições: preferir deixar como está, viver com adversidades ou postar-se sob os pensamentos do amor do Criador.

     No primeiro caso, cria barreiras vibratórias que bloqueia, impedem qualquer ação benfeitora. No segundo aspecto, abre acesso às fontes superiores das quais fluem inspirações que auxiliam, deixando claro que a luta é pessoal e será vitoriosa ou não, dependente das ações que faça.

     Em qualquer estágio, as conquistas morais que o ser agrega em si são como um passaporte que o categoriza a caminhar por veredas menos ásperas.

     Questiona-se: o que quer que tenha havido no passado, o obsessor é aquele que deve ser perseguido, maltratado, ou é alguém tão carente e necessitado como o obsedado?

     Se houve ou há razões na estrutura psíquica do obsessor para que tenha as atitudes de agora, quem foi ou era o obsedado de hoje?

     Encontros, reencontros, não necessariamente com personagens dos dramas, mas identificação vibratória, psíquica, de campos desordenados com situações que têm um só objetivo – despertar para entender que só no amor é que valem as atitudes da Vida.

Leda Marques Bighetti – Janeiro/2022

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2024/11/23 | 06:28:37

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