Atmosfera Espiritual

 Ensina a Doutrina Espírita que os Espíritos dos vivos como dos mortos constituem a população universal do globo.

      No meio material que o homem conhece, essa população é tão intensa, compacta, que “acotovelam-se” de tal forma, que não há possibilidade de alguém julgar-se absolutamente só. Estará acompanhado pelas atrações emitidas pelos sentimentos do momento, destacando que mentes inferiores não respeitam privacidade; se imiscuem e incrementam caso satisfaça seus desejos, ao contrário dos Superiores que respeitando a privacidade só se aproximam se solicitados.

     Nesse raciocínio, uma reunião, além dos participantes encarnados, há número ilimitado de desencarnados, que, por assim dizer, saturam as reuniões com seus fluidos que podem ser mais ou menos salutares, conforme o grau de depuração ou inferioridade que os atrai.

     É sob essas reflexões que se pode entender certos efeitos coletivos produzidos ou sentidos pelas pessoas que compõem uma reunião.

      Em razão do clima mental que exteriorizam, magoados, tristes, raivosos, inseguros, alegres, confiantes, esperançosos abertos ou fechados aos pessoais dramas, decididos ou não a mudar seus dias, atrairão reforços correspondente, embora a mensagem que está sendo oferecida convoque às renovações com Jesus.

     Depreende-se a necessidade de, nesse despertamento, cuidar da higiene mental com a qual se disponha a participar de um estudo, de uma reunião.

     Mas, é possível subtrair-se a essa influência deletéria, normalmente oriunda de fontes desconhecidas?

     Dependerá do conhecimento e da vontade de cada um que, sabendo dessa realidade, percebendo a qualidade dos fluidos disseminados sobreponha-se a eles.

     Isso se dá ou acontece apenas nas reuniões de estudo, trabalhos nas casas religiosas?

     Locais físicos, sejam quais forem, este ambiente é mantido. Cada qual que ali estiver, adentrar, será imediatamente conectado com a frequência das energias que o caracteriza.

      Pode-se interagir neles?

     Tanto no sentido bom, emitindo fluidos elevados e não os absorver, como mergulhar neles, uma vez que serão fortalecidos ou enfraquecidos pelas radiações fluídicas similares.

     O meio, portanto, de se subtrair ou incorporar influências, será decorrente da integração ou substituição das sensações e percepções percebidas pelas decorrentes elevadas ou inferiores.

     Como esse campo deletério é mantido?

     Tudo vibra no Universo em energia própria; é-lhe intrínseco. A mente humana, idem, e ao exercer esse componente que é próprio de todos, dá-lhe qualidade, imprime-lhe características que, a cada momento, sendo pessoais refletem o sentimento do momento.  Identificando-se com outros de sentir parecido, estabelece-se recíproco “convite e aceitação”.

     Onde cada um se renova, por decorrência, depura-se a atmosfera fluídica que por sua própria ação física antepõe barreira à uma livre invasão negativa.

     Em futuro, esse será o clima espiritual da Humanidade, porém, alcançado, consolidado quando ação de cada se acreditando responsável renovar a forma de ser e de ver a Vida.

     É utopia?

     Apenas decorrência, consequência lógica do amadurecimento dos Homens. Cabe aos espíritas que têm conhecimento filosófico-científico dessa realidade, pôr em prática uma vivência mais desperta, não apenas na Casa Espírita, como no lar, no trabalho profissional, a sós, educando-se, reeducando velhos hábitos, direcionando sentimentos, pensamentos e ações nos exemplos de Jesus.

Leda Marques Bighetti – Julho/2021

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2024/12/4 | 05:12:23

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