Constam da
Revista Espírita, março, 1868, cartas escritas por Jean Gaspar Lavater em
Zurique no ano de 1798, que as enviava a sua amiga imperatriz Maria da Rússia
visando pintar o estado da alma após a morte. Ver texto publicado aqui no site
em abril/2021
2º Carta.
“Gostaria de
dizer a cada homem: Analisa a natureza das suas necessidades; dá-lhes o
verdadeiro nome; pergunta a ti mesmo: são admissíveis num mundo menos material?
E se porventura, aí pudessem ser comentadas, seriam as que um Espírito
intelectual e imortal possa honestamente confessar e desejar a sua satisfação
sem sentir profunda vergonha ante outros seres intelectuais e imortais como
ele?
E, em síntese,
prossegue:
- As necessidades continuam as mesmas com
a diferença que enquanto os mais despertos são felizes se adaptando às
necessidades espirituais para os outros “há uma danação”, na impossibilidade de
poder satisfazer seus apetites carnais num mundo menos material.
- Um Espírito impuro é aquele em que o
desejo de se corrigir jamais predominou. Não se submete ao desinteresse; são o
centro de suas ideias e desejos e em tudo buscam meios para satisfazer paixões;
neles impera egoísmo, orgulho; amor-próprio e interesse pessoal.
- Após a separação de seus corpos,
contemplam-se a si mesmos tais quais são; irresistivelmente são arrastados para
companhia de almas egoístas continuamente se acusando.
- Necessidade de cada dia diminuir o
egoísmo para quando tiver que deixar o mundo a alma tomará voos nos modelos do
amor ... daí a importância de conservá-lo em toda sua pureza porque ser-se-á
arrastado por ele para almas amorosas.
... “que nos seja concedido nos
prepararmos para os gozos do amor, através de nossas ações e preces e dores,
que nos aproximam daquele que se deixou pregar no Gólgota”
Jean-Gaspar Lavater- Zurich, I.VIII.1798
Fecha-se a matéria, como na anterior; fala das ideias espíritas sendo
disseminadas, como um preparo para dias que, no tempo próprio chegaria.
Leda Marques Bighetti –
Maio/2021
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