Obsessão e Suicídio – Parte 2

Mesmo que o ser não possua raízes profundas de descalabros anteriores, desconsiderada essa necessidade de conhecer-se, não percebe que imagens insistentes, ideias repetitivas cruzam o campo mental, impelem a isso ou aquilo, abrindo ou mantendo campo frágil, inferior, que atrai, escancara espaços para que ideias alarmantes se instalem.

A princípio, cruzam a mente, como se fosse relâmpago rápido, fulgurante, ao qual não se presta muita atenção. Pode despertar surpresa, dúvida, curiosidade, porém, de modo geral, pensa-se que as coisas ficam por aí. Engodo! Enquanto isso se desenrola, parece que o ser vai se habituando sem perceber a um clima mental que se aprofunda em pessimismos, desconfortos, rejeições e desencantos.

No transcorrer desse tempo, entre o lampejo da primeira ideia até alcançar o estágio final, ideias de como sair desse estado vão se apassivando, enfraquecendo até que sem resistências, abdicando até pelo respeito que deveria ter em relação a si próprio, surge a noção fixa de que a melhor solução é o autocídio.

Nesse tempo todo o ser esteve só?

Jamais. Embora a mente em desequilíbrio ofereceu espaço para ideias obsessivas, com a presença de personalidades perversas, a Misericórdia de um Pai que é só Amor, far-se-á presente através de sem número de detalhes visando despertar, chamar atenção, aceitar um auxílio mais evidente, um tratamento, conversas, análises sobre as pessoais atitudes, enfim, inúmeras formas possibilitadoras para que se realize a mudança da frequência centrada especialmente nas diretrizes morais novas que o homem se disponha a ter.

A transformação moral, um comportamento digno, em todo tempo, são os únicos capazes de interromper a ação de Espíritos perversos ou inferiores que podem, sem isso, impor a condição enfermiça.

Leda Marques Bighetti – Outubro/2019

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2024/12/2 | 10:48:57

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