A comunicação ou
psicofonia de Espíritos sofredores tem como meta socorrê-los com misericórdia e
amor, demonstrando que há possibilidade de libertação das fixações físicas ou
psíquicas nas quais se detêm após a morte física.
O ideal, portanto,
é que a conversa seja ou se constitua como verdadeira psicoterapia, mediante
reflexões, questionamentos prudentes e honestos, despertando o comunicante para
alternativas ou aspectos outros de uma mesma realidade que talvez sozinho,
jamais os percebesse.
O fenômeno da
comunicação, seja do Espírito perturbado ou mesmo do obsessor, pela simples
ligação com o médium, já resulta em bênçãos para o desencarnado. Os fluidos
animais dos quais o médium é portador, junto ao diálogo conduzido pelo
atendente, como que encharca o comunicante¸ agitando seu inconsciente até então
bloqueado neste ou naquele acontecimento, fato, drama do passado.
Face a essa
“abertura”, os Amigos Espirituais dispõem de facilidades de acesso aos quadros
mentais de fixação em revolta, dor, mágoa, ódio. Produzirá impacto positivo o
pensar novo, diferente, o que é imprescindível ao reequilíbrio do Espírito.
Conhecer essa
mecânica, saber usá-la é passo inicial indispensável para que mesmo sem
perceber, absorva sensação de paz, equilíbrio, medicamentos e atenções que até
então não conseguia perceber.
E se, o
comunicante mostrar-se adverso, não aceitando, inclusive demonstrando-se
revoltado, descontente, qualificando de intromissão, violência quanto a algo
que decididamente não quer?
Ainda assim, as
energias absorvidas pelo períspirito produzirão reações que de alguma forma o
“forçarão” a pensar, retornar ao momento em que se mantem detido, “vendo” com
outros olhos, descobrindo detalhes, atenuantes, atitudes de um mesmo fato,
porém, que lhe parece novo. Mesmo que nesse momento, ainda revoltado,
desconsidere-os, não aceite, pensará e um dia no tempo, quase sempre bem
próximo, retornará ou buscará com os Amigos Espirituais o querer saber mais.
De qualquer modo,
portanto, aceitando ou relutando, o desencarnado trazido é, será sempre o
grande beneficiado da assistência que constitui a razão de ser de uma reunião
mediúnica.
Leda Marques Bighetti – Março/2018 |