Um a Um

Considerando o momento com conquistas técnicas, esforços de legisladores e pedagogos nobres que atuam com lances espetaculares em realizações da mente humana, sobrevivem à miséria, desnutrição, pena de morte, aborto, eutanásia, opressão, discriminação racial, delinquência, medo, dissolução dos costumes, enfim, sem número de detalhes atestando as imensas carências do homem.

Encontramo-lo atormentado frente a uma civilização da qual ele é o construtor, mas, sem entende-la, qualifica-a de insana.

Há um espaço entre ideias, ideais, realizações, sonhos e realidade.

Por que esse hiato? Como entender?

Percebê-lo como momento riquíssimo quando ao invés de se sentir incomodado deveria deter-se questionando.

O impacto do desconforto na dor, na preocupação como no tudo em que está inserido, vai levá-lo, pela própria força dos fatos a buscar, a livremente integrar um programa pessoal de realizações esclarecedoras que o levem a que pouco a pouco identifique que o pouco que faça significará muito no somatório do todo que vitaliza e levanta o mundo.

Descobrirá que é indispensável integrar-se em programas pessoais enobrecedores, identificando o que lhe cabe executar, cumprir, despertando e acordando para edificar.

Como isso acontecerá?

Descobrindo que o atual momento não é fechado nele, mas aberto na continuidade de um tempo que não se detém ou limita.

Projetando-se em continuidade sem interrupções, conclama cada um ao trabalho de esclarecer-se dilatando claridade para tempos novos.

Queremos mudar o panorama atual?

Inútil começar construções pelo telhado. Iniciar por apoiar-se em seguros alicerces que mereçam antes o exame do solo, o planejamento das estruturas, uma vez que insignificante descuido basta para que tudo rua.

A esfera complexa da Humanidade é constituída por indivíduos, um a um, que, se unidos deixarão de ser débil murmúrio par repercutir em hinos de alta expressão.

Desse modo, conheço-me? Avalio qual o teor da vontade que disponho, ofereço? Espero que o outro faça para só após juntar-me a ele?

Se as decisões não forem profundas, pessoais, íntimas, o panorama continuará tal como está.

O estudo conclama, um a um, com o que tiver, renovar, educar-se, ser útil na medida do “seu” possível, guardando a paz da consciência que onde está, faz o melhor.

Dê assim, sua contribuição à Vida, uma vez que só o somatório do todo é que oferecerá benefícios renovadores ao contexto ético da Humanidade com a qual sonhamos compartilhar.

   

 

Leda Marques Bighetti – Agosto / 2017

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2024/11/21 | 14:36:16

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