Certamente haverá outros detalhes,
cerceadores e limitantes, porém, estes três são facilmente identificáveis hoje,
quando procuro uma Instituição para que em nome do Cristo, garanta benefícios,
respostas que atendam ao que indico como solução e tão material quanto o favor
solicitado.
Os “sacrifícios” de não saborear isto ou
aquilo, não ingerir cerveja ou refrigerante por determinado tempo, saborear
doces, bombons, cortar cabelo ou barba, permanecem como “moeda de troca”
atendendo á uma crença externa do “...dou para que me dês ou faças”...
Posso também transferir esse sentido pelas
horas que participo da costura, do passe, da cesta básica, reciprocidade
idêntica aos negócios com as divindades pagãs.
Por que, de repente, raciocínios tão duros?
De certa forma, conservamos muito desse
tempo em que os deuses tendo características materiais eram tratados da mesma
forma na horizontalidade da matéria. Procuramos a crença, a fé, a Casa
Espírita, desconhecedores de que somos seres espirituais e tudo quanto nos diz
ou venha a dizer respeito é conectado a convites espirituais.
Necessário conhecer resquícios, barreiras,
para que se desconstruam frente à razão e se reestruturem as atitudes simples
da bondade desinteressada, do sorriso estimulante, da palavra encorajada,
detalhes enfim em que Jesus seja presente, exteriorizado onde quer que se
esteja, com o que se tenha, com quem se encontre.
Essa força de romper, descortinar,
descobrir a vida recheada de convites espirituais não é fruto de ensinamento,
uma vez que segundo “O Livro dos Espíritos” “... a força de progredir o homem
haure-a em si mesmo”.
Todo esse passado, esse habitual, o já
vivido, é manancial riquíssimo e por se constituir como experiência, face ao
hoje, pede readequação em reflexões.
Refletindo, interiorizando-se, buscando
entender-se como ser espiritual usando toda uma equipagem e situações
materiais, essa é a existência, o momento para que vençamos as distâncias
espirituais que ainda nos afastam d’Ele.
Leda Marques
Bighetti – Julho/2017
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