Não há experiência sem preço. Tudo na vida corresponde a certo resultado. Por isso mesmo, conhecemos no mundo o verbo aprender e o verbo retificar. A escolha determina o trabalho. O trabalho mede as qualidades do espírito. Um homem demandará um diploma universitário que lhe confira direito ao exercício nessa ou naquela profissão liberal. Com semelhante desígnio, porém, não atinge a meta à custa de expectação e votos ardentes. O programa a concretizar-se requer estudo, com larga despesa de atividade e atenção. Anos a fio são gastos naturalmente em disciplina, até que a láurea lhe consagre a tarefa. É isso verdadeiramente aprender. Mas se o profissional abusa do título conquistado para ferir os outros, é justo assuma compromissos perante a vida que somente no labor da expiação conseguirá redimir. Temos aqui o reajuste em ação, compelindo a criatura em genuíno retificar. Diante do sofrimento, é imperioso esquecer a antiga noção do crime e castigo, porquanto a evolução não aparece na calha da gratuidade. Refazimento é reequilíbrio. Toda educação pede renúncia e todo aprimoramento pede serviço. A paz verdadeira nunca foi prêmio à ociosidade. Todas as grandes realizações clamam por grandes lutas. Em razão disso, se é certo que ressarciremos com mais trabalho os benefícios da vida de que estejamos abusando, é preciso saibamos escolher, com determinação e firmeza, o caminho do esforço máximo na exaltação do bem, a fim de que sejamos considerados, perante a Lei, na condição de operários fiéis ao salário da Eterna Luz |