Não me procures, Mãe, sob o jazigo Que recobres de pranto e de açucenas!... Fita o campo das dores terrenas Levanta-te da lousa e pensa comigo. Aqui, chora a viuvez amargas penas. Ali, geme a orfandade ao desabrigo, Ergamos para a dor um pouso amigo E as nossa dores ficarão pequenas!...
Transformemos a saudade, Mãe querida, Em consolo, agasalho, pão e vida, Na inspiração e vivência Do Bem que nos governa!...
E, seguiremos juntos, dia-a-dia Convertendo a falta, a distância A saudade escura e fria Em bendito calor de amor eterno!...
Luiz Roberto |