Quando eu aprender a amar

Quando eu aprender a amar, não quero amar impunemente
Não mais somente pelo prazer de amar, mas amar responsavelmente
E será tão intenso esse amar, que inexoravelmente
Amar-se-ão, não só os que eu amar somente
Mas todos os que quiserem amar, se amarão consequentemente
E para o amor não se findar, eu quero amar eternamente
Pois se o corpo pode se acabar, que se acabe o corpo simplesmente
Porem que fique o amor, que sem ele, o que seria da vida da gente ?
Quando eu aprender a amar, quero amar sem esperar
Ser amado, no futuro ou no presente
Pois o maior presente de quem ama, já é amar
Não com pressa ou vagar, que tudo na vida tem seu tempo, felizmente
É que de tanto esperar, começo já eu a amar, amando sem saber
Desajeitada e apaixonadamente, e é preciso controlar...
É preciso ser paciente ! Se não for nesta vida que eu aprenda a amar
Tenho a eternidade pela frente...
Que eu seja um bom aluno, empenhado e diligente
Pois quem aprende a amar não fica aluno somente
Passa a ensinar amando indiscriminadamente
E se por graça eu alcançar a façanha de ainda nesta vida
Aprender a amar, que eu seja a semente
De amor mais sincero e abrangente, que se possa esperar
E quando essa vida ao fim chegar, tenho um desejo a expressar
Despretensiosamente : Que a lápide de meu túmulo
Não tenha nenhuma inscrição, apenas a forma de um coração
Que muda e singelamente indique
Que ali jaz um corpo, mas que o corpo que ali jaz
Jaz serenamente. Descansando enfim em paz
E em paz deseja amar...
...amando plenamente.
 

Edder Pinheiro Rangel
Agosto / 2001

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