Agradeço, Senhor, Quando me dizes <<não>> As suplicas indébitas que faço, Através da oração.
Muitas daquelas dádivas que peço, Estima, concessão, posse, prazer, Em meu caso talvez fossem espinhos, Na senda que me deste a percorrer.
De outras vezes, imploro-te favores, Entre lamentação, choro, barulho, Mero capricho, simples algazarra, Que me escapam do orgulho...
Existem privilégios que desejo, Reclamando-te o <<sim>>, Que, se me florescessem na existência, Seriam desvantagens contra mim.
Em muitas circunstancias, rogo afeto, Sem achar companhia em qualquer parte, Quando me dás a solidão por guia Que me inspire a buscar-te.
Ensina-me que estou no lugar certo, Que a ninguém me ligaste de improviso, E que desfruto agora o melhor tempo De melhorar-me em tudo o que preciso.
Não me escutes as exigências loucas, Faze-me perceber Que alcançarei além do necessário, Se cumprir meu dever.
Agradeço, me Deus, Quando me dizes <<não>> com teu amor, E sempre que te rogue o que não deva, Não me atendas, Senhor!... |