Afirmas, muita vez, alma querida, Em fervorosa prece : - " Quero, Jesus servir e cooperar contigo!... Ah! Senhor se eu pudesse!..." Depois, declaras-te sem forças, Pensa entretanto, nisto: Podes ser hoje mesmo, onde estiveres, A sublime extensão da bondade do Cristo!...
Fita a sobra da mesa que te ampara: Utilizando um pão, simples embora, Consegues replantar as flores da alegria Na penúria que chora.
Considera o montão de bens que atiras longe Sem sentir, sem pensar, inconseqüentemente: Descobrirás nas mãos o privilégio De estender reconforto a muita gente.
Lembra a moeda, tida por singela: Escorada na fé que te bendiz, Transforma-se na xícara de leite Que socorre e refaz a criança infeliz.
Detém-te nos minutos disponíveis: Ao teu devotamento se farão A visita, a bondade, o carinho e consolo Para o enfermo largado à solidão
Trazes contigo os dotes da brandura: Ante os golpes do ódio explosivo e violento, Guarás a faculdade de extinguir O fogo da revolta e o fel do sofrimento.
Observa o tesouro da palavra: Se envolvida de paz a tua frase alcança Todo aquele que cai na sombra da tristeza Para erguer-se de novo ao toque da esperança.
Não te digas inútil, nem te omitas... A trabalhar, servir ,amparar recompor Serás, alma querida, em qualquer parte, A presença de Cristo em teu gesto de Amor.
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