Esse triste companheiro Cujo passo te procura Ralado de desventura Que não sabes de onde vem ... Esse pedinte arrasado Por dores desconhecidas Emaranhado em feridas Sem proteção de ninguém ...
Essa mendiga que estende Pobre mão encarquilhada Cuja penúria na estrada Ninguém na terra traduz Esse doente cansado Que se lamenta sozinho Abandonado ao caminho A mingua de paz e de luz ...
A frente desses amigos Que o sofrimento encerra Corações em longa espera Recordai o NÃO JULGUEIS ! Eles não pedem censura Mostrando a necessidade Ensinam que a caridade É a lei de todas as leis !
Esse amigo que lastima A própria ação rude e cega No cárcere que o segrega Para reforma e pesar Esse irmão largado a noite De olhar magoado e profundo Que roga debalde ao mundo O doce calor de um lar ...
Essa mãe de filho ao peito Que entre lagrimas se consome As vezes com febre e fome Rogando socorro em vão Essa criança assustada Que chora sem rumo certo Flor atirada ao deserto Anjo na cruz da aflição ...
Esses irmãos quase mortos Eis que o céu nô-los envia Na estrada do dia-a-dia Para as lições do senhor ! Saibamos ressuscitá-los Da morte em sombra na prova Doando-lhes vida nova Na escola viva do amor !... |