Num átimo de emoção Decido inconteste Quer queira , quer não Hoje , louvarei o Mestre
Sobre o papel , rápida Desliza célere a pena Mas infeliz a mão inapta Não realiza o esperado poema
Que fazer ante a impotência De realizar o feito altivo Não sou digno da incumbência De louvar o Mestre Divino ?
A resposta à minha questão Não se faz por esperar ... A voz do Mestre , fala-me ao coração: - desejas meu nome honrar ?
Sim : respondo emocionado - louvar-Te é meu desejo mais profundo Então, pega o teu orgulho e o põe de lado Esquece as glorias infames desse mundo
Louvar-me filho meu , É bem mais difícil do que tu pensas Qualquer um dos versos teus Já tem na tua vaidade a recompensa
Larga desde já esses males Que abrasam tua existência Entende o que realmente vales E faz jus a tua consciência
E se queres de verdade Honrar o meu nome Dessedenta a quem tem sede Dá o pão a quem tem fome
Faz da caridade a tua irmã Do amor , um companheiro inseparável E sentirás no teu peito um afã De um calor imensurável.
É este o louvor que de ti espero. Posso bem dispensar o verso e a rima Mas espero que sejas sempre sincero Nos teus atos de estima
Pois a recompensa do orgulhoso É a mesma de quem mente Mas o coração , terno e caridoso Este é para mim o maior presente.
Crê em mim . meu filho amado E não olvides o que Eu te disse Perdoa para ser perdoado E atende ao meu convite ...
Banhado de suave pranto interior Respondi ao Mestre com carinho: - Agora sei o que é o louvor Agora conheço meu caminho
E a ti Jesus , meu pastor Eu devo a trilha de regresso E mesmo contrariando-te (mas com muito amor) Eu te louvo nesses versos.
Edder Pinheiro Rangel Junho/2001 |