Igrejas

Releitura de títulos desenvolvidos pelo Espírito Vianna de Carvalho em 1983 em “À Luz do Espiritismo” na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Títulos mantidos em abordagens livres.

 

Igrejas

 

                Em Mateus 16:18 lemos: “Edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”  -   Jesus.

                Como entender?

                Retrocedendo no tempo encontraremos o Homem sentindo lampejos de crença, fé nisto ou naquilo, nascendo o desejo de oferecer ao seu totem, e mais tarde, aos seus deuses, por medo, gratidão ou súplica, os maiores bens que possuísse, construindo altares, guardando-os sob as sombras, ornamentando segundo suas posses e gosto.

                Com o passar do tempo essa simplicidade se perde. Os tetos passam a ser incrustrados  em linhas grandiosas, caracteres deslumbrantes em fausto e luxo que até hoje deslumbram pela riqueza  arquitetônica, grandeza e ostentação.

                As construções modernas diversificam-se em linhas retas, frias em meio a pedras impassíveis elegantemente empilhadas.

                E Jesus vivendo em meio a humildes e sofredores busca erguer sua igreja no coração de cada criatura, templo este que pede ser tão forte e poderoso contra o qual o tempo e a destruição serão inoperantes.

                Com Jesus, os tetos humildes e simples eram mais abrigos, mais agasalhos do que  propriamente santuários para orações.

                Nos bancos singelos, no piso tosco, acomodavam-se também doentes em aguardo de socorro e ajuda.

                Sob a copa das árvores, no pó dos caminhos, tudo foi ou era lugar para se erguer na assistência fraternal o altar, o templo, no qual Jesus se colocava em comunhão com todos.

                Conclui-se que o sentido das palavras de Mateus se encaixa nessas reflexões, nas quais a igreja de Jesus é a Natureza e seu altar o coração de cada um que se dispõe a ser ético, leal, bom.

                Em Atos 17:24, Paulo fala aos atenienses que:  “Deus que fez o mundo e tudo o que nele se encontra, sendo Senhor do Céu e da Terra, não habita  em templos feitos pelas mãos dos homens”.

                Desse modo, seja o coração de cada um, esse altar no qual há pronto para oferecimento, teto, agasalho, acolhimento, aos cansados, sem teto, aflitos e paz ao infeliz.

                Nesse sentido, cada um pode fazer de seus atos colunas sobre as quais a Bondade Divina colocará o teto da Sua misericórdia, construindo ai a legítima igreja do amor sem limites.

 

 

Leda Marques Bighetti – Dezembro/2015

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