“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a nós mesmos.”

(TIAGO, 1:22)

A citação evangélica faz parte da carta que Tiago endereçou aos cristãos, e especialmente aos judeus convertidos que habitavam fora da Terra Santa, com o objetivo de corrigir os erros e animar os crentes a sofrer as provações a que estavam sujeitos.

Sempre que temos contato com os ensinamentos do Evangelho que parecem direcionados para nós, tenhamos a certeza de que não é por acaso, como aprendizes que somos precisamos de todas as lições, principalmente daquelas que temos mais dificuldade em aprender.

A frase, “tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes”, leva a raciocinarmos que não basta ouvirmos a palavra esclarecedora, consoladora, para que a reforma íntima aconteça sem nenhum esforço da nossa parte, pois, estaríamos enganando a nós mesmos.

É necessário não ficar só na teoria, mas, colocar em prática o que aprendemos, porque se não for assim será muito difícil alcançar a renovação do Espírito imortal, que é o maior objetivo do homem na Terra. Não esquecer que a quem muito foi dado, muito será cobrado. Quanto mais conhecemos, mais aumenta a nossa responsabilidade perante os nossos atos. Aprender, refletir e melhorar-se através do trabalho que dignifica, eis a nossa finalidade, o sentido divino da nossa presença no mundo.

Nas situações difíceis, na hora do testemunho é que vamos testar o aprendizado que tivermos realizado.

“Não te faças, pois, desatento, porquanto, a breve espaço, serás naturalmente chamado pela vida para testemunhar.”

Nas diversas áreas do conhecimento, alunos ouvem lições que irão capacitá-los para o exercício da profissão que escolheram, seja a Engenharia, a Medicina, a Pedagogia, etc..

Sendo assim, todo aprendizado nobre é aquisição inapreciável, mas, se fica estagnado com quem aprendeu, se não é usado, não é divulgado, não é disseminado, pode ser comparado ao alimento escondido aos que tem fome.

“Ouvir, os preceitos da Espiritualidade Superior, mas agir, segundo nos orientam, porque, se sabemos e não fazemos o que o bem nos ensina, melhor fora não saber, para não sermos tributados, com taxas de maior sofrimento nas grades da culpa.”