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O Céu e o Inferno  |  Segunda Parte - Exemplos Capitulo V     |  01/03/2007
SUICIDAS - 5
Duplo suicídio, por amor e por dever
....."Aproximados um dia por circunstâncias fortuitas e independentes da própria vontade, os dois amantes deram-se ciência do mal que os torturava e acharam que a morte era, no caso, o único remédio que se lhes deparava. Assentaram que se suicidariam juntamente, no dia seguinte,...( 1 )

O suicídio é um tema sempre presente na mídia e na literatura. Nela, os personagens buscam a morte voluntária motivados por razões diversas, mas entre elas ,o amor impossível e / ou não correspondido se destaca.

O casal luta pela concretização de seus sentimentos, passando por todo tipo de provações, mas com a permanente idéia de que sua união através do amor poderá ser conseguida na morte, se esgotados todos os recursos em vida. Era o que esperava o casal no exemplo de suicídio que Allan Kardec denominou : Duplo suicídio, por amor e por dever. Assim como neste caso verídico, personagens da literatura mundial retratam este drama onde chama a atenção, a permanente vinculação do amor à idéia da morte.Como exemplo poderíamos citar a mais célebre historia de amor, descrita por Willian Shakespeare
“....Já dentro do jazigo, Romeu bebe o veneno e morre ao lado da sua amada. Momentos depois, Julieta acorda e vê a seu lado, o corpo morto de seu marido. O Frei entra e conta a Julieta o que se passou. Inesperadamente, Julieta pega no punhal de Romeu e mata-se, pois já não tem motivos para viver ( 2 )”

Por que o amor , no sentido romântico, não correspondido ou imposibilitado leva a esta busca tão desesperada, nesse profundo desânimo e desinteresse pela existência, que não vislumbra outra saída senão a fuga aos compromissos assumidos desertando da vida? A resposta a esta questão é dada de diferentes formas:

Marcado pelo pessimismo, o pensador Arthur Schopenhauer (1788-1860) por ex,classifica o amor como um sentimento falso e enganoso. Segundo ele, por mais etéreo que possa parecer, o sentimento amoroso está sempre enraizado no instinto sexual e seu objetivo final é o ardente desejo de reproduzir, o que pode levar à redenção, ou seja, à entrega total do anseio pela vida. Em nome do amor, o ser humano está disposto a cometer qualquer perversidade e aceitar qualquer sofrimento( 3 ). O amor para este filósofo é melhor definido como paixão. E sobre a paixão os Espíritos Superiores respondem a Allan kardec que esta ...” se torna um perigo quando perdemos o domínio sobre ela e causamos males aos outros ou a nós mesmos. O amor enquanto o fogo da paixão não pode ser chamado ou considerado como tal.( 4 ) O amor verdadeiro, abre a duras penas o portal para a conquista da felicidade, enquanto que paixão lança –se sobre o espaço a procura de uma realização egoística entre aqueles que se acham em estado de Amor. O amor, como comumente se entende na Terra, é um sentimento, um impulso do ser. que o leva para outro. ser com o desejo de unir-se a ele. Mas, na realidade, o amor reveste formas infinitas, desde as mais vulgares até as mais sublimes. Principio da vida universal, proporciona à alma, em suas manifestações mais elevadas e puras, a intensidade de radiação que aquece e vivifica tudo em roda de si; é por ele que ela se sente estreitamente ligado ao Poder Divino, foco ardente de toda a vida, de todo o amor.(5)

Na concepção do Espírito Fénelon, “... o amor deve manifestar--se por meio da caridade, da humildade,da paciência, do devotamento,da abnegação, da resignação e do sacrifício..” ,pois o amor é a essência da vida e não um passaporte para a morte; não sendo portanto justificativa para o suicidio.

“As razões com que se justificam o suicídio ou que o suicida arranja para si próprio para explicar o ato, não são, na maior parte das vezes, senão as causas aparentes. Não só não são senão as repercussões individuais de um estado geral, mas exprimem-no muito infielmente, dado que permanecem as mesmas e que ele difere. Estas razões marcam, por assim dizer, os pontos fracos do indivíduo, através dos quais a corrente que vem do exterior para incitá-lo a destruir-se se introduz mais facilmente”.( 5 ) 

Havendo impedimentos ao amor, igualmente há uma saída para que ele triunfe, mesmo no caos. Essa saída não é a morte,como transcendência do amor não possibilitado em vida. Esta visão do suicídio :- o que seria o amor na vida perante a eternidade do amor na morte? , é equivocada. Porque a morte não reunirá os amantes , pelo contrario os separará.
Evocação da suicida. - Vedes o vosso amante, com o qual vos suicidastes? - R. Nada vejo, nem mesmo os Espíritos que comigo erram neste mundo. Que noite! Que noite! E que véu espesso me circunda a fronte...( 1 )

Os Espíritos comentam sobre este caso:- "Os dois amantes suicidas não vos podem responder ainda. Vejo-os imersos na perturbação e aterrorizados pela perspectiva da eternidade. As conseqüências morais da falta cometida lhes pesarão por migrações sucessivas, durante as quais suas almas separadas se buscarão incessantemente, sujeitas ao duplo suplício de se pressentirem e desejarem em vão.( 1 )....”

Os suicidas que por motivos nobres praticaram este ato, sofrem os mesmos tormentos que os demais suicidas? Não haverá para eles uma misericórdia especial?

Dentro dos ensinamentos revelados pelos Espíritos, os suicidas poderiam ser sinceros ao supor que seus atos se efetivasse por um motivo nobre. Entretanto o que um suicida suporia motivo honroso ou nobre, poderia ser um falso conceito, um sofisma, a que se adaptou, resultado dos preconceitos acatados pelos homens como princípios inabaláveis.

A honra espiritual se apóia em pontos muito diferentes, mas acima de tudo, ao respeito das leis de harmonia da Criação. Mas, sendo o suicida sincero no julgar que motivos honrosos o impeliram ao fato, certamente haverá atenuantes, mas não justificativa ou isenção de responsabilidades.

Quanto as atenuantes a que esses infratores teriam direito como filho de Deus, não os isentará da reparação do ato que praticaram com o desrespeito às leis da Criação, e uma nova existência os aguardará, certamente em condições mais precárias do que aquela que foi destruída. A misericórdia de Deus se estende tanto sobre esses suicidas como sobre os demais, sem predileções nem protecionismo. Ela se revela no concurso desvelado dos bons Espíritos, que auxiliarão o soerguimento do culpado para a devida reabilitação, infundindo-lhe ânimo e esperança e cercando-o de toda a caridade possível, inclusive com a prece. Se assim não fosse, o raciocínio indica que haveria derrogação das mesmas leis de harmonia da Criação , o que não poderá ser admitido.

“.....As conseqüências morais da falta cometida lhes pesarão por migrações sucessivas, durante as quais suas almas separadas se buscarão incessantemente, sujeitas ao duplo suplício de se pressentirem e desejarem em vão.Completa a expiação, ficarão reunidos para sempre, no seio do amor eterno.....( 1 )"

Suicidar-se é ilusão. Os desafios existenciais surgem exatamente para promover o progresso, convidando à conquista de virtudes e o desenvolvimento da inteligência e do exercício no amar. A oportunidade de viver e aprender a amar independe da presença física do ser amado e é muito rica para ser desprezada. 

Laurelucia Orive Lunardi
Março / 2007
 
Bibliografia:
1. Kardec ,Allan, “ Céu e Inferno” CapituloV : Suicidas 
2. Willian Shakespeare “Romeu e Julieta” 
3. Arthur Schopenhauer” Parerga e Paralipomena 
4. Kardec ,Allan,"O Livro dos Espíritos", questão 908 
5. DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social; As regras do método sociológico; O suicídio; As formas elementares da vida religiosa 
6. Leon Denis "O Problema do Ser do Destino e da Dor"
 
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