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O Céu e o Inferno  |  Capitulo X     |  01/02/2005
A INTERVENÇÃO DOS DEMÔNIOS NAS MODERNAS MANIFESTAÇÕES. - 3
"Por meio das operações da moderna magia vemos reproduzirem-se no presente as evocações, as consultas, as curas e os sortilégios que ilustraram os templos dos ídolos e os antros das sibilas"(1).

Relacionar as atividades espíritas com "operações da moderna magia", conforme o texto em destaque, é no mínimo um equivoco. O termo magia segundo Levi, Eliphas, 1995(9)"é a ciência tradicional dos segredos da natureza, utilizada pelos magos como um meio de apoderar-se dos maiores segredos da natureza é fazê-los servir à sua vontade esclarecida e inflexível..." segundo o autor "as operações mágicas são o exercício de um poder natural mas superior às forças ordinárias da natureza." Em sua essência, a Magia é uma tentativa de controlar ou de coagir as forças naturais para desviar-se e atender os desejos do Homem. Por meio de certos atos ou palavras pretende-se levar a interferência de Espíritos, gênios e demônios, efeitos e fenômenos no qual se apela par alcançar o domínio do homem e da natureza geralmente visando maus propósitos(10). Nas sociedades primitivas, pelo desconhecimento das leis reguladoras do mundo físico, os povos acreditavam que a repetição de certas palavras, ou a realização de algum ritual, poderiam produzir os efeitos desejados, como cessar o mau tempo, atrair chuvas, estancar erupções vulcânicas, propiciar melhores colheitas aproximar ou afastar pessoas dos convívios, curar doenças, causar a morte, atrair benesses ou flagelos.

Dentro do seu primitivismo por não entender ou mesmo saber explicar os fenômenos da natureza, atribuiu a eles uma sobrenaturalidade. As forças naturais poderosas, tais como as tempestades, as enchentes, os terremotos, os deslizamentos de terra, os vulcões, o fogo, o calor e o frio, e a sua observação, impressionaram a mente em expansão do homem, resquícios destas impressões são observadas ainda hoje quando estas calamidades ocorrem e são denominados de "atos de Deus", castigos dos Céus etc.
O homem primitivo temia todas as manifestações de poder; e adorou a todos os fenômenos naturais que não podia compreender. Assim o primeiro objeto a ser adorado pelo homem em evolução foi uma pedra. .Estas impressionavam o homem primitivo, da maneira pela qual tão subitamente apareciam na superfície de um campo cultivado ou de um pasto e da maneira como se desprendiam, deslizavam e soterravam casas e aldeias.Eles não levavam em conta a erosão, nem os resultados da acomodação das camadas internas da terra. Dessas raízes resulta até hoje o uso de pedras da sorte, as pedras do zodíaco etc, utilizadas como talismã. 

Todos os clãs e tribos antigas tinham as suas pedras sagradas, que eram mantidas como herança cultural passando de geração em geração, que depois engastadas em uma estrutura metálica também venerada, como ouro e a prata, se transformaram em jóias, as coroas os anéis sinetes etc, como símbolos de poder, domínio e sujeição.As jóias, ainda hoje na maior parte dos povos são cultuados como fonte de poder(4).
Mais tarde os homens reverenciaram os animais pelo seu poder e a sua astúcia. Julgavam que o apurado sentido do olfato e da visão de certas criaturas fosse um sinal de orientação espiritual(4). Assim como as pedras, figuras de animais até hoje são utilizadas como talismãs, pequenos objetos (figuras, medalhas), que tem poderes mágicos e que pode afastar o azar ou trazer sorte, possibilitando a realização de aspirações ou desejos(6). Esses amuletos são uma constante no comportamento humano e, desde a antiguidade, são encontrados nas mais variadas culturas. 

Geralmente feitos de pedra ou pedaço de metal com uma inscrição gravada, os amuletos são usados, principalmente, em volta do pescoço para proteção contra doenças e bruxarias e para afastar desgraças e malefícios, além de trazer sorte. 
Em 2005, vamos encontrar junto aos povos ribeirinhos da Amazônia uma tradição, o olho do boto ou do peixe-boi servindo como amuletos utilizados para enamorar as pessoas. Ouvir o canto do uirapuru garante a felicidade e conservar a pele do jurutau, ave de hábitos noturnos, protege as moças virgens(5).

Não há explicação científica para os poderes atribuídos a plantas como a arruda, o guiné ou o comigo-ninguém-pode.Nas casas comerciais, mesmo quem mora em apartamentos é comum encontrar essas plantas num vaso, com o objetivo de espantar o azar(9). Na antiguidade, as plantas, primeiro foram temidas e depois adoradas, por causa dos líquidos intoxicantes que se derivavam delas. O homem primitivo acreditava que a intoxicação fazia com que alguém se tornasse divino. Supunham haver algo de inusitado e sagrado em tal experiência. A arruda, o guiné ou o comigo-ninguém-pode a ciência provou serem plantas tóxicas ao homem. Outras substâncias tóxicas como o ácido lisérgico, o LSD e alguns tipos de cogumelos alucinógenos, são utilizados para uma pseudoligação com o divino nos dias de hoje, em algumas seitas religiosas.
Com poderes mágicos também se supunha haver preferência dos fantasmas por permanecerem ligados em objetos que lhes haviam pertencido quando estavam vivos. Essa crença explica o apego às relíquias, como jóias, pedaços de roupa cabelos, e ossos daqueles chamados de santos.Os antigos reverenciavam os ossos de seus líderes e os restos do esqueleto de santos e de heróis, e que são guardados ainda hoje com respeito supersticioso em peregrinações constantes aos seus túmulos(5).

As relíquias, nas religiões modernas, representam uma tentativa de racionalizar o antigo culto aos amuletos e talismãs do selvagem e assim elevá-lo a um lugar de dignidade e respeitabilidade nos sistemas religiosos modernos. É um ato de paganismo acreditar em talismãs e na magia, mas, supostamente, nada de errado há em aceitar relíquias e milagres.

Allan Kardec, recebeu dos espíritos superiores a resposta que se segue quando perguntou a esse respeito:—Nenhum objeto, medalha ou talismã tem a propriedade de atrair ou repelir Espíritos, pois a matéria ação alguma exerce sobre eles. Nunca um bom Espírito aconselha tais absurdos. A virtude dos talismãs só pode existir na imaginação de pessoas simplórias(2).

Fórmulas, talismãs, signos, não tem atração sobre os Espíritos que só são atraídos pelos pensamentos, e não por coisas materiais. A crença na virtude de um talismã, pode atrair um Espírito, visto que o que atua é o pensamento, não passando o talismã de um sinal que apenas lhe auxilia a concentração. Mas, da pureza da intenção e da elevação dos sentimentos depende a natureza do Espírito que é atraído. Se o ser é tão simplório para acreditar na virtude de um talismã a finalidade de seu uso será mais material do que moral assim sendo, o Espírito que lhe irá acorrer, será tão imperfeito quanto a solicitação feita.

Normalmente, a maioria das pessoas sente pena dos chamados povos primitivos que eram escravizados pelas suas superstições e temores, sentem repulsa pelos sacrifícios sangrentos e rituais selvagens. No entanto conservam ainda o desejo infantil que por um passe de mágica suas dificuldades se resolvam, e quando não se sentem protegidos pela sociedade ou pela ciência não usam a razão e procuram, medalhinhas, velas, incensos, plantas, cultos diferenciados à procura do divino, esquecidas que estão imersas na Divina Bondade. 

A razão foi conquista que ocorreu no decurso dos milênios em que a evolução, impulsionada pela Lei do progresso exigiu ao Homem percorrer.Só o tempo vai demonstrar que a experiência psíquica, através do conhecimento, ultrapassa a realidade limitada pela qual os sentidos lhe permitiam perceber. O Espiritismo veio com a chegada da razão, através dos Espíritos Superiores que Allan Kardec, em profundo trabalho cientifico, no uso do método experimental, codificou toda uma estrutura cientifica filosófica de conseqüências religiosas, cujo objetivo, a renovação moral do homem que os codificou. Tendo por objetivo o progresso espiritual dos homens, liberta-os das amarras da ignorância e promove a implantação da fraternidade entre eles(8).

Laurelucia Orive Lunardi
Fevereiro / 2005
 
Bibliografia:
1. Kardec, Allan, " Céu e Inferno" capituloX. 2. Kardec, Allan, "O livro dos Espíritos. questões 551-555". 3. O Livro De Urantia, Documento 88, Pág. 969. 4. Oliveira Martins Mitos Da Religião ( editora MADRAS) 5. Danièle Küss A Amazônia - Coleção Mitos E Lendas ( editora ÁTICA) 6. Curti, R. Bem-Aventuranças e Parábolas. São Paulo, FEESP, 1982. p. 39 7. Levi, Eliphas. Dogma e Ritual da Alta Magia - [século XIX] São Paulo: Ed Pensamento, 1995, (p 74). 8. Dicionário Barsa da Língua Portuguesa -Aurélio pg 407
 
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